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240 presos curdos em greve de fome

Os presos curdos fazem greve de fome, há vários dias, contra o isolamento de Abdullah Öcalan. Leyla Güven, deputada curda na Turquia, cumpre o seu 77º dia de greve nesta quarta-feira.
Leyla Güven está em greve de fome há 77 dias e corre sério risco de vida
Leyla Güven está em greve de fome há 77 dias e corre sério risco de vida

Leyla Güven é deputada do Partido Democrático do Povo (HDP) da Turquia e copresidente do Congresso da Sociedade Democrática (DTK), está presa pelo regime de Erdogan na prisão de Diyarbakir desde 22 de janeiro de 2018. Já tinha estado presa antes, durante quase cinco anos, entre dezembro de 2009 e julho de 2014.

Leyla Güven iniciou a greve de fome por tempo indeterminado em 7 de novembro de 2018. Ao cumprir nesta quarta-feira o 77º dia em greve de fome, a saúde de Leyla Güven deteriora-se rapidamente e a sua vida corre sério risco.

A partir de dezembro de 2018, novos grupos de prisioneiros e prisioneiras curdo/as começaram a entrar também em greve de fome. Atualmente, segundo AFN News, estão em greve de fome 240 presos, de entre os quais 45 são mulheres. Os presos em greve estão detidos em 59 prisões.

Também as ações de solidariedade têm vindo a aumentar em vários países da Europa, nomeadamente em França e na Suíça.

Um grupo de políticos do Partido Democrático do Povo (HDP) da Turquia, no exílio, deu uma conferência de imprensa nesta quarta-feira no Conselho da Europa, em Estrasburgo
Um grupo de políticos do Partido Democrático do Povo (HDP) da Turquia, no exílio, deu uma conferência de imprensa nesta quarta-feira no Conselho da Europa, em Estrasburgo

Nesta quarta-feira, um grupo de políticos do HDP no exílio realizaram uma conferência de imprensa no Conselho da Europa, em Estrasburgo.

Na conferência de imprensa alertaram que as e os grevistas da fome estão a atingir um estado crítico e apelaram ao Conselho da Europa para que atue.

Um dos oradores da conferência, afirmou que o isolamento de Abdullah Öcalan é contra o povo da Turquia e afirmou que “negar as visitas a advogados e familiares está contra as leis nacionais e internacionais e a Turquia deve cumprir os acordos e leis internacionais que assinou”.

“Repetimos o nosso apelo ao Conselho da Europa para que atue e adote uma posição política face à Turquia recordando-lhe que deve cumprir com o que assinou”, sublinhou.

Termos relacionados Luta dos curdos, Internacional
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