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22 mulheres assassinadas desde janeiro

O Jornal de Notícias cita um relatório do Ministério da Justiça que revela que, dos 28 323 inquéritos constituídos por violência doméstica, a maioria (84%) não resulta em acusações. Segundo a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), desde 1 de janeiro de 2016, 22 mulheres foram assassinadas por violência doméstica.
Os tribunais portugueses receberam, em 2015, 2542 processos de violência doméstica, dos quais 1405 (55%) dos arguidos são condenados, mas só 112 (8%) são presos preventivamente, e em média por três anos. Ainda segundo o Jornal de Notícias, 79% das situações de violência doméstica arrastam-se ao longo de anos, 37% das vítimas só pedem auxílio dois a seis anos depois de as agressões começarem.
Há, no total, 271 pessoas a cumprir penas de violência doméstica, dos quais dez são mulheres. 63 pessoas estão detidas preventivamente e 15 delas foram consideradas inimputáveis. O número de pessoas com pulseira eletrónica e impedidas de contactar com as suas vítimas tem vindo a aumentar ao longo dos anos. Entre janeiro e setembro, 423 pessoas fora sujeitas a esta medida.
Hoje realizam-se em várias localidades do país Marchas Contra a Violência Doméstica (ver aqui os eventos de facebook das marchas em Lisboa, Covilhã, Torres Novas, Coimbra e Porto).
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para dar visibilidade e informar sobre a violência doméstica, decidiu trazer para Portugal o "violentómetro" (imagem em baixo), uma régua que identifica e mede comportamentos violentos ou potencialmente violentos, com o objetivo de os prevenir. O "violentómetro" surgiu no México, foi adotado em toda a América Latina, já chegou a vários países europeus e é agora introduzido em Portugal.
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