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22 mil pessoas juntam-se para comprar zoo e libertar animais

Os 560 animais do jardim zoológico de Pont-Scorff vão ser devolvidos ao seu habitat natural e muitos outros vão ganhar um centro de reabilitação que pretende socorrer animais vítimas de tráfico ilegal. O objetivo da Rewild, uma coligação de sete organizações não governamentais internacionais, foi assim conseguido.
Em apenas cinco dias, mais de 22 mil pessoas contribuíram para uma operação de financiamento coletivo e ajudaram a superar a verba de 600 mil euros necessária para adquirir o jardim zoológico de Pont-Scorff na Bretanha, França.
Esta segunda-feira, o contrato de venda foi assinado mas a coleta de fundos continuará porque será preciso assegurar as obras de adaptação e a gestão quotidiana do espaço, estimada em cem mil euros por mês. Para além de donativos, vai-se criar um projeto económico para permitir ao espaço sobreviver e consiste num restaurante, centro de formação e num esquema de visitas sem contacto real com os animais com ajuda das novas tecnologias de realidade virtual.
Todo o acompanhamento dos animais será supervisionado por especialistas que já trabalham na área e vai levar de volta muitos dos animais aos seus países de origem e tratar de outros que foram vítimas de tráfico e apreendidos pelo Estado. O zoo abriga atualmente leões, girafas, pandas e lobos. Vários dos quais em mau estado adianta a ONG. Promete-se agora um “exame caso a caso” e tem-se consciência que nem em todos os casos será possível a solução de devolver à natureza. Mas essa é a prioridade, explica uma das três co-presidentes do projeto, Lamya Essemlali, ao L'Observateur. A Rewild explica que o tráfico de animais é o terceiro negócio mais lucrativo, depois do tráfico de armas e de droga e que é a segunda causa de desaparecimento de espécies. 200 papagaios cinzentos do Gabão serão irão desde já para Pont-Scorff.
Algumas figuras mediáticas francesas ajudaram a tornar a petição mais visível de forma a alcançar rapidamente o seu objetivo.
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