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2023 começou com recordes de temperatura na Europa

O primeiro dia do ano registou temperaturas muito acima da média no centro e leste da Europa. Países Baixos, Dinamarca e Polónia não demoraram a atingir os seus recordes de temperatura do mês de janeiro.
Desvio das temperaturas em relação à édia no dia 1 de janeiro de 2023 na Europa. Imagem publicada pelo meteorólogo François Jobard no Twitter.

Muitos europeus comemoraram a passagem do ano com temperaturas de primavera. "Foi um início de ano louco", diz Miko Rantanen, investigador do instituto meteorológico finlandês, ao ver alguns recordes de calor a serem batidos logo no primeiro dia de janeiro, com temperaturas entre 10°C e 20°C acima da média para esta altura do ano.

Na Polónia, não foi preciso esperar pela manhã de domingo para esse recorde ser batido. Durante a noite, em Glucholazy, os termómetros subiram aos 18,7°C. O mesmo aconteceu na capital, o que não só bateu o antrior recorde mensal de 5°C como representa um desvio de mais de 18°C em relação à média da temperatura dos últimos 50 anos em Varsóvia em janeiro, que é de 0,5°C.

Nos Países Baixos, os 15,6°C registados pouco depois da meia-noite de domingo entraram diretamente para o topo das temperaturas recorde de janeiro nos últimos 122 anos, batendo os 15,1°C registados em janeiro de 1993 pela estação localizada em De Bit, na província de Utreque. E na Dinamarca, os 12,6°C que se sentiam às 4h50 da madrugada de domingo em Sjælland, no sul do país, ultrapassaram o anterior recorde de 2005. A temperatura anormalmente elevada foi comum a várias cidades durante o dia, com 15°C em Paris e Madrid e 16°C em Berlim e Zagreb.

O fenómeno pode ser um prenúncio do que o ano irá trazer, depois de 2022 já ter sido um ano recorde de temperaturas em vários pontos do globo e em que a Europa atravessou uma das maiores secas dos últimos 500 anos. O Met Office britânico prevê que 2023 seja mais quente do que 2022, tornando-se o décimo ano consecutivo com a temperatura global pelo menos 1°C acima da média. Para isso, além do efeito das alterações climáticas devido à ação humana, contribuirá também o fim do efeito do fenómeno natural La Niña que nos últimos três anos provocou a diminuição da temperatura da superfície das águas do Pacífico.

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