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“Paulo Macedo tem conduzido o SNS a uma miniatura do que o país precisa”
João Semedo terminou, esta manhã, na Póvoa de Varzim, um roteiro do partido sobre o Serviço Nacional de Saúde e não hesitou em criticar o governo pela política de cortes no setor.
“Com uma política de cortes, Paulo Macedo tem conduzido o Serviço Nacional de Saúde a uma miniatura do que o país precisa”, começou por dizer, acrescentando: “nunca os portugueses pagaram tantos impostos e nunca tiveram tanta dificuldade em acederem a tempo e horas, conforme as suas necessidades, ao SNS”.
O deputado bloquista considerou que “hoje há menos resposta para uma procura que não deixa de crescer no SNS” e deu precisamente o exemplo do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, onde existe uma indefinição sobre a manutenção de valências na unidade.
“Aqui, onde era necessário investir, acontece o contrário, um desinvestimento e cortes. São dois hospitais que estão ameaçados de serem transferidos para as Misericórdias, e muitos dos seus serviços poderem ser deslocados para a unidade de saúde de Matosinhos, prejudicando 140 mil habitantes das duas cidades”, afirmou.
O coordenador do Bloco de Esquerda esteve reunido com administração do Centro Hospitalar local, e saiu do encontro “muito preocupado”.
“Não ouvimos nenhuma garantia de tranquilidade em relação ao futuro desta e de outras valências. Há uma grande desorientação do que vai acontecer. A administração do hospital defende o investimento nesta unidade, e já perdeu a esperança de um novo hospital que vários governos prometeram”, partilhou João Semedo.
O dirigente bloquista fez questão de frisar um outro aspeto: “há depois a cereja em cima do bolo, porque nestes dois concelhos, onde o SNS está recuar, e desaparecer, há vários hospitais privados e até um novo prestes a ser concluído, que está espera de beneficiar com este vazio”.
Mantendo o tom, João Semedo prosseguiu nas críticas ao ministro da Saúde: “Paulo Macedo faz as contas e faz os cortes. Queremos um serviço geral e universal pago para todos e ao serviço de todos, não queremos uma miniatura ou caricatura do SNS”.
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