You are here

“O poder da finança tem que ter os dias contados”

Catarina Martins acusou, esta segunda-feira em Braga, a política da troika de ter sido generosa com a banca, enquanto colocou o país pior do estava no passado. A coordenadora bloquista apelou à necessidade de “resgatar a democracia” e defendeu que o “poder da finança” tem que ter “os dias contados”
"O que terá o nosso país, saído deste programa de ajustamento. Pensemos como pode um país estar mais preparado para o futuro quando vendeu todas as suas empresas estratégicas ao capital privado".

Nesta segunda-feira à noite, em Braga, num jantar comício no âmbito das jornadas parlamentares, Catarina Martins questionou o sucesso apregoado pelo Governo, apontando que a análise das “décimas das folhas de Excel” não podem ser a medida do êxito do programa da troika.

Depois de ter afirmado que o Governo colocou o país “pior do que estava” há dois anos, a coordenadora apontou como objetivo “lutar pela soberania dos povos” e por uma “Europa solidária” nas próximas eleições europeias.

“O Governo tem vindo a dizer que há um sucesso no nosso país com a política de ajustamento que foi seguida até agora. Nós podemos falar dos números (...), dizer que o défice não está controlado, o que é verdade porque sabemos das receitas extraordinárias e das despesas que escondem debaixo do tapete”, disse.

"A análise do sucesso do Governo não se faz pelo debate das décimas das folhas de excel. Faz-se por aquilo que nós sabemos das nossas vidas, o que nós sentimos, pelo que pensamos se este rumo nos prepara mais para o futuro ou se, pelo contrário, Portugal está pior", questionou.

Pergunta sua a que deu resposta: "Estamos pior. O que terá o nosso país, saído deste programa de ajustamento. Pensemos como pode um país estar mais preparado para o futuro quando vendeu todas as suas empresas estratégicas ao capital privado".

Catarina Martins apontou ainda o dedo à banca, com a qual “o programa de ajustamento tem sido generoso” para o setor financeiro, deixando um aviso: "O poder da finança tem que ter os dias contados, aquilo que falamos é de soberania popular".

Nas próximas eleições europeias o Bloco vai “lutar pela soberania dos povos, dos povos europeus, por uma Europa solidária e não uma Europa financeira. É com solidariedade e clareza que se constrói alternativa", frisou.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Política
(...)