"Quer ocorram em tempo de paz ou de conflito, as várias formas e manifestações de violência contra as mulheres são simultaneamente causas e consequências de discriminação, desigualdade e opressão", sublinhou Rashida Manjoo.
"A luta em prol dos direitos humanos das mulheres continua a ser um esforço colectivo no qual todos temos de participar para garantir o pleno gozo de tais direitos por todas as mulheres e raparigas em todo o mundo", afirmou a Relatora Especial.
“É preciso muito mais para prevenir muitas formas de violência contra as mulheres”
O relatório The World’s Women 2010: Trends and Statistics, publicado pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais (DESA) da ONU, confirma a ideia de que a violência contra as mulheres é um fenómeno mundial generalizado.
Segundo este relatório, também publicado em outubro do presente ano, “em todas as sociedades, em maior ou menor grau, as mulheres e as raparigas são sujeitas a maus tratos físicos, sexuais e psicológicos, independentemente do seu nível de rendimento, da classe social a que pertencem e da cultura. O baixo estatuto social e económico das mulheres pode ser uma causa e uma consequência dessa violência”.
Jomo Kwame Sundaram, Subsecretário-Geral para o Desenvolvimento Económico, afirmou, durante a apresentação do documento, “que é preciso fazer muito mais para reduzir as disparidades de género na vida pública e para prevenir muitas formas de violência contra as mulheres”.