11 de fevereiro: o dia em que nos revoltamos contra a espionagem em massa da NSA

Coligação de ativistas evoca os protestos que levaram à suspensão de leis restritivas, como o SOPA e o PIPA, e convoca um dia de luta contra a prática de espionagem massiva dos cidadãos de todo o mundo e em defesa da liberdade na Internet.

26 de janeiro 2014 - 13:10
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 Organizações de ativistas que defendem os direitos dos cidadãos na Internet convocaram para o próximo dia 11 de fevereiro uma jornada contra a prática de vigilância em massa levada a cabo pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos. Entre as organizações que convocam a luta estão a Demand Progress, a Electronic Frontier Foundation ou a Fight For the Future, redes sociais como Reddit, comunidades de programadores, como a Mozilla, e blogs como o Boing Boing.

A ação ocorre dois anos depois dos protestos contra os projetos de lei SOPA (Stop Online Piracy Act – Lei de Combate à Pirataria Online) e o PIPA (Protect Intelectual Property Act), que acabaram por ser abandonados. Os organizadores pretendem também recordar o ativista Aaron Swartz, fundador da Demand Progress, que se suicidou na sequência do processo que lhe foi movido por ter feito o download e distribuído artigos científicos do Massachusetts Institute of Technology.

Na conferência de imprensa que anunciou o dia de luta, David Segal, diretor executivo do Demand Progress, disse que a maior ameaça a uma Internet livre é a espionagem massiva da NSA. “Se Aaron estivesse vivo, estaria na linha da frente, lutando contra estas práticas que prejudicam a nossa capacidade de relacionamento uns com os outros, enquanto seres humanos verdadeiramente livres”.

Nos Estados Unidos, o dia de luta deverá tomar a forma de instalar banners nos sites a pedir aos cidadãos para que pressionem os deputados do seu círculo eleitoral em relação a questões relacionadas com cibervigilância e a liberdade na Internet.

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