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Newsletter de 5 de Junho 2019

Tiananmen: vigília dos 30 anos foi a maior de sempre em Hong Kong

Bom dia,

Ontem assinalaram-se os 30 anos do massacre de Tiananmen e a vigília de Hong Kong foi a maior de sempre, com mais de 180 mil pessoas. Na China, continuou a ser proibida qualquer cerimónia alusiva à chacina de milhares de pessoas, uma repressão agora reforçada pela vigilância eletrónica.

O aniversário do massacre na China surge no momento em que a guerra comercial com os EUA começa a ser vista como o empurrão decisivo para a próxima recessão global. Alguns dos maiores bancos norte-americanos estão a rever em baixa as previsões de crescimento da economia do país ou mesmo a prever uma recessão na economia global para o segundo semestre do ano. Entretanto, os números da recuperação do emprego nas economias da OCDE mostram que ela se fez a par da degradação de direitos e de salários com a uberização do trabalho, aponta Francisco Louçã.  

Donald Trump foi a Londres oferecer um acordo comercial pós-Brexit que ponha tudo “em cima da mesa”, incluindo o serviço público de saúde britânico, um dos alvos do apetite das grandes corporações do setor nos EUA. O líder trabalhista Jeremy Corbyn juntou-se aos 75 mil manifestantes nas ruas de Londres para dizer que “o nosso NHS não está à venda”.

Na atualidade nacional, o anúncio de supressões de vários comboios por dia na linha de Sintra durante o verão mereceu críticas por parte da concelhia bloquista. “Num momento em que vários comboios têm sido suprimidos na linha de Sintra, esta medida vem agravar a degradação do serviço prestado”, defendeu o Bloco de Sintra. Em Barcelos, o Bloco de Esquerda defende eleições intercalares após o presidente socialista ter sido apanhado na "Operação Teia" e posto em prisão domiciliária sob suspeita de corrupção.

Ontem publicámos mais uma emissão do podcast Quatro e Vinte, que traz a atualidade nacional e internacional sobre a canábis nos dias 4 e 20 de cada mês. Em destaque estão as novas regras da Google e do Ebay para limitar o acesso à canábis (mesmo a legal) e a vitória da legalização na semana passada nos EUA, que viu finalmente um dos seus estados a legalizar a venda de canábis sem precisar de um referendo.

“Museu da Vergonha” é o nome do documentário de Luís Monteiro e José Machado Castro, que quer espalhar a ideia de transformar a antiga sede da PIDE no Porto num museu dedicado à liberdade e à resistência ao fascismo. Luís Monteiro contou-nos como nasceu este filme, que passa hoje às 21h no Museu do Aljube, seguido de debate com Fernando Rosas, Maria Alice Samara e Luís Farinha.

Vergonha foi o que faltou ao lóbi tauromáquico quando se lembrou de acusar os bloquistas da Azambuja de se estarem a “promover” à custa de largadas de touros. O núcleo local do Bloco de Esquerda reafirmou a posição do partido sobre atividades tauromáquicas.

A partir de hoje está em cena no Teatro de S. Luiz, pela mão do Teatro Meridional, o espetáculo “Histórias de Lisboa” com 125 personagens a contarem em 125 minutos o “processo acelerado de gentrificação” da capital. “Já não cabem mais Airbnb em Lisboa” é o título do artigo de opinião de Ricardo Moreira.

Na nossa agenda para hoje está o colóquio “Pensar o Racismo no Desporto”, no âmbito da 12ª Festa da Diversidade, das 10h às 18h30 no ISCTE. Em Coimbra há debate à volta do livro “O Impossível Capitalismo Verde”, do ecossocialista Daniel Tanuro, como início marcado para as 18h no Liquidâmbar em Coimbra.