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Governo vende Pavilhão Atlântico a genro de Cavaco Silva

O Pavilhão Atlântico foi vendido por 21,2 milhões de euros ao Consórcio Arena Atlântico, no qual se inclui Luís Montez, dono da Música no Coração e genro do Presidente da República. O equipamento custou ao Estado 50 milhões de euros e “era rentável”, tendo os seus lucros triplicados entre 2009 e 2010.
Foto de Morgaine, Flickr.

Em março, o governo anunciava a sua intenção de vender o Pavilhão Atlântico e a empresa Atlântico - Pavilhão Multiusos SA, pertencentes à Parque Expo'98, cujo capital é detido em 99,4% pelo Estado.

A venda que agora se vem a concretizar, e que abrange ainda a empresa de venda de bilhetes Blueticket, editada pela empresa Atlântico, enquadra-se no processo de reestruturação do setor empresarial do Estado.

Segundo anunciou a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, o Pavilhão Atlântico foi vendido ao Consórcio Arena Atlântico, formado por Luís Montez, dono da Música no Coração e genro do Presidente da República, Álvaro Ramos, da Ritmos&Blues, e a equipa gestora do Pavilhão Atlântico, por 21,2 milhões de euros.

Assunção Cristas justificou esta venda argumentando que “o grupo Parque Expo tem uma dívida de 200 milhões de euros, daí a decisão de realizar ativos, vendendo um conjunto de património relevante sobre o qual o Estado não tem função pública crucial a prosseguir”

A ministra assumiu, contudo, que este equipamento, que custou ao Estado cerca de 50 milhões de euros, “era rentável”. Efetivamente, e segundo noticiou a Lusa em março de 2011, os lucros do Pavilhão Atlântico triplicaram entre 2009 e 2010.

Para além do genro de Cavaco Silva, da Ritmos&Blues, e da actual equipa de gestão do Atlântico, o consórcio vencedor integra, na vertente financeira, um fundo de capital de risco do Banco Espírito Santo, o BESPME.

Segundo noticiou o jornal Público, além de financiar a operação, o BES também assessorou financeiramente Luís Montez .

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