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Atentado na Síria vitima círculo próximo de al-Assad
O ataque bombista ocorreu durante uma reunião dos altos responsáveis do aparelho militar e de segurança do regime. Estão confirmadas as mortes do ministro da Defesa Daoud Rajha, do adjunto do chefe de gabinete do comando militar sírio e cunhado de Bashar al-Assad, Asef Shawkat, e também do antigo ministro da defesa e atual conselheiro do vice-presidente sírio Hassan Turkmani. Há ainda rumores sobre a morte do ministro do Interior, que já foram desmentidos pela televisão pró-governamental. De acordo com esta versão, Mohamed Sha’ar ficou ferido e a sua situação é considerada estável, tal como a do responsável pelo gabinete de segurança, Hisham Ikhtiar.
Logo após o atentado, surgiram duas organizações a reivindicar a sua autoria, o Exército Livre da Síria e a Brigada do Islão. O Governo sírio reagiu ao atentado com a promessa de estar "mais determinado que nunca a confrontar todas as formas de terrorismo e cortar qualquer mão que ataque a segurança nacional".
As reações internacionais ao atentado também não se fizeram esperar, com o Secretário de Defesa norte-americano, Leon Panneta, a dizer que a "situação está a ficar descontrolada" e que "é óbvio que estamos a assistir a uma escalada no conflito" entre o regime e os rebeldes que têm combatido ferozmente entre si nos últimos meses.
O atentado ocorre no dia em que o Conselho de Segurança da ONU ia discutir a resolução que propõe sanções a Síria, mas a Rússia já veio dizer que o acordo está agora mais longe. "Uma lógica perigosa: Enquanto as discussões para resolver a crise síria prosseguem no Conselho de Segurança da ONU, os militantes intensificam os seus ataques terroristas, frustrando todas as tentativas" de resolução do conflito, escreveu o ministro-adjunto da Defesa russo na sua conta na rede social Twitter. Koffi Annan, o enviado especial da ONU à Síria, propôs o adiamento da votação da resolução para quinta-feira.
Comentários
É impressão minha ou o
É impressão minha ou o "esquerda" está a começar a duvidar e a afastar-se da linha editorial imperial sobre a situação na Síria??
Será que começam agora a perceber que, (tendo ou não o povo Sírio razões de queixa em relação ao seu regime), o que se passa naquele país não é revolução alguma?
Percebem agora que a "revolução Síria" e a "primavera árabe" estão infiltradas e minadas desde o inicio, e que estão a ser conduzidas em prol da recolonização do mediterrânio sul e oriental?
Será que já percebeam que por trás dos "freedom-fighters" Sirios estão estados brutalmente despóticos e reaccionários como a Arábia Saudita, Qatar e também os EUA?
A ser verdade, este despertar, é de saudar, mas mais uma vez vem de forma tardia e envergonhada.
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