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Síria: massacre recebe condenação internacional
O Conselho de Segurança da ONU condenou, este domingo, por unanimidade – ou seja, com o apoio da Rússia e da China – o massacre de sábado, na Síria, ocorrido em Houla, e que vitimou mais de uma centena de pessoas, incluindo 32 crianças com menos de 10 anos de idade. A decisão daquele órgão da ONU deixa Damasco sem dois dos seus principais aliados internacionais e põe a descoberto o cada vez maior isolamento do regime de Bashar al-Assad.
Os observadores das Nações Unidas que estão na Síria para monitorizar o cessar-fogo - que deveria ter entrado em vigor a 12 de abril, mas tem sido largamente ignorado – divulgaram os números do massacre que ocorreu na passada sexta-feira em Houla (que fica no centro do país, a 30 quilómetros a noroeste de Homs), após bombardeamentos de artilharia atribuídos às forças do presidente Bashar al-Assad.
A declaração do Conselho de Segurança da ONU não tem a força de uma resolução, mas esta é a mais forte expressão de condenação coletiva por parte deste organismo à atuação do regime sírio. Apesar de não ter sido fácil convencer a Rússia (os representantes russos levantaram dúvidas sobre as versões que responsabilizam o governo sírio pelo sucedido em Houla, exigindo mais provas) a assinar esta declaração, subscrita por todos os 15 membros do Conselho de Segurança, o documento condena o uso de artilharia pesada contra a população civil e reclama que os culpados de tal atrocidade respondam perante a justiça.
Foi finalmente após a intervenção do próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e do enviado especial para a Síria, Kofi Annan, que a Rússia acabou por aceitar dar o seu apoio à resolução que condena a atuação do regime de Bashar al-Assad, indica o jornal El País. Ban Ki-Moon e Kofi Annan afirmaram categoricamente que o ataque de Houla foi uma “flagrante violação das leis internacionais”.
Kofi Annan chega hoje a Damasco, capital da Síria, onde inicia a sua segunda visita para avaliar a aplicação do cessar-fogo entre as partes. Para amanhã está previsto um encontro entre Annan e Assad.
Também o fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) condenou os bombardeamentos à cidade síria de Houla. "Este crime atroz contra crianças tão jovens que não têm qualquer intervenção nos combates evidencia mais uma vez a urgência de encontrar uma solução para o conflito na Síria", disse, em comunicado, Sarah Crowe, porta-voz do diretor-geral da UNICEF, Anthony Lake. "Tal massacre não pode ficar impune", acrescentou.
Mais de 13 mil pessoas mortas desde março de 2011
Os números violentos contabilizam as mortes desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011, e foram divulgados pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Pelo menos 9.183 civis, 3.072 membros das forças de segurança e 749 desertores morreram vítimas da repressão, dos combates e dos atentados dos últimos 14 meses.
Desde 12 de abril, quando entrou em vigor o cessar-fogo negociado pela ONU que nunca foi respeitado, pelo menos 1.881 pessoas, 1.260 delas civis, morreram em consequência da violência.
E o massacre ao povo sírio continua…
Este domingo, uma nova ofensiva das tropas governamentais sírias contra a cidade de Hama (centro) fez pelo menos 33 mortos, incluindo sete crianças com menos de seis anos, de acordo com um novo balanço anunciado pelo OSDH.
Comentários
Mais uma vez o "esquerda" a
Mais uma vez o "esquerda" a regorgitar propaganda imperial....
O massacre de Houla reconhecido e condenado pelo próprio governo de Damasco, foi perpetrado não por bombardeamentos do exército Sírio, como disseram inicialmente os mentirosos profissionais do regime imperial (media dominantes), mas antes por execuções individuas, muitas vezes com recurso a facas....
A assinatura da escumalha islamo-fascista da Al-CIAeda está patente em tudo isto. Mas os media apressaram-se a dar a notícia à maneira mentirosa deles, para ver se ganhavam vantagem para o império.
Os media tornaram-se verdadeiras armas de homicidio em massa (na forma de incitação e lavagem ao cérebro). Deviam ser feitas leis que responsabilizassem estes criminosos pelas suas mentiras.
Nesta matéria o "esquerda" também teria de ir a julgamento. Provavelmente teria de cumprir pena.....
O António destaca-se pelos
O António destaca-se pelos comentários no esquerda.net a favor da ditadura chinesa e dos massacres de al-Assad sobre o povo sírio. Não percebo porque é que o esquerda.net aprova comentários destes, sabendo que quem se opõe a esses regimes - usando da liberdade de expressão que o António quer para si mas não para os que lá vivem - é morto, preso ou torturado.
Já sabemos que para o António, se um regime preferir esfaquear o seu povo até à morte em vez de o bombardear, já não é um atentado aos Direitos Humanos mas um assunto interno da ditadura. Julgamento por julgamento, acho que o cinismo do António - e de outros órfãos do velho Estaline - pede meças ao dos media ocidentais.
Sempre que alguem coloca no
Sempre que alguem coloca no esquerda um comentário mais critico de uma das suas noticias este é imediatamente seguido de uma "espontânea" resposta... estas disparam sempre na mesma direcção.. o velho Estaline :-)
Cara Catarina, se se der ao trabalho de ler o anterior comentário verá que jamais apoio crimes, sejam de quem forem. Matar inocentes á bomba ou à faca é igualmente mau.
O que digo é que por trás destes crimes bárbaros estão os islamo-fascistas apoioados pela Arábia Saudita e pelos EUA, como, aliás, os factos vão deixando mais claro, com a passagem do tempo, independentemente da berraria dos media e das ignorantes Catarinas deste mundo.
A "nova esquerda" é aínda muito leviana e oportunista na sua análise da realidade...
A Catarina é um verdadeiro
A Catarina é um verdadeiro exemplo dos militantes do BE.
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