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Banco de Portugal prevê destruição de 203 mil postos de trabalho até 2014
No seu Boletim de Primavera, divulgado esta quinta-feira, o Banco de Portugal (BdP) reviu em alta a redução do emprego. Se, no Boletim de Inverno, o BdP apontava para um recuo de 1,8% no emprego já este ano, esta instituição vem agora apresentar números ainda mais penalizadores, apontando para um decréscimo de 3,6%. Para 2013, o BdP vem agora projetar um redução de postos de trabalho na ordem dos 0,7%, contra os 0,6% anteriormente avançados.
Serão destruídos 170 mil postos de trabalho já este ano e 33 mil em 2013.
Segundo o Bdp, a contração do emprego durante este ano será mais acentuada no sector privado, enquanto que no sector público o emprego “deverá manter um ritmo de redução relativamente constante, apresentando uma queda mais acentuada do que a do sector privado em 2013".
Ainda que o BdP não avance previsões sobre a evolução da taxa de desemprego, é certo que a redução do emprego terá consequência dramáticas no que respeita ao aumento do número de desempregados em Portugal. O nosso país já tem a terceira taxa de desemprego mais alta da União Europeia, com 14,8% em janeiro deste ano, mais duas décimas que em dezembro de 2011, segundo o Eurostat.
Agravamento da atividade económica
No Boletim de Inverno, o BdP projetava uma quebra do PIB de 3,1% em 2012, e um crescimento de 0,3% em 2013. Três meses depois, o Bdp já prevê que o PIB português encolha 3,4% este ano, e registe uma variação nula em 2013.
Esta instituição aponta ainda não só para um decréscimo de 7,3% no consumo interno já em 2012, o que equivale ao dobro do registado no ano passado, como também anuncia um desaceleramento acentuado do crescimento das exportações.
No Boletim de Primavera, o BdP aponta para um aumento das exportações de apenas 2,7% em 2012, uma previsão bastante inferior à anunciada há três meses, de 4,1%. Para 2013, a previsão é de um crescimento de 4,4%, contra os 5,8% anteriormente avançados.
"A evolução do consumo privado deverá continuar a ser condicionada pelas perspetivas desfavoráveis para o rendimento disponível, num contexto de deterioração das condições no mercado de trabalho e do impacto de medidas de consolidação orçamental", avança o BdP.
A instituição sublinha ainda que “no plano interno, uma deterioração do cenário macroeconómico poderá conduzir à necessidade de adoção de medidas adicionais que garantam o cumprimento do objetivo orçamental”.
"Não há saída para a crise neste caminho”
Deputado do Bloco Pedro Filipe Soares defende que números divulgados pelo BdP são “desmentido” ao primeiro-ministro.
Segundo Pedro Filipe Soares, enquanto Passos Coelho "prometia uma saída", o Banco de Portugal vem agora dizer que "não há saída neste caminho de austeridade".
Na prática, a economia ficará ainda pior do que era previsto”, avança o dirigente bloquista, sublinhando que “a cada nova previsão é pior o cenário da economia”.
"Não há saída para a crise neste caminho”, reitera Pedro Filipe Soares, e “é por isso necessária uma alternativa de crescimento da economia capaz de responder a este disparar do desemprego”.
Comentários
Gostei muito deste texto do
Gostei muito deste texto do Thomas Jefferson ? estava neste site:
http://rabbit75.hubpages.com/hub/Americas-Founding-Fathers-Warned-Us-Sho...
"I believe that banking institutions are more dangerous to our liberties than standing armies. If the American people ever allow private banks to control the issue of their currency, first by inflation, then by deflation, the banks and corporations that will grow up around [the banks] will deprive the people of all property until their children wake-up homeless on the continent their fathers conquered. The issuing power should be taken from the banks and restored to the people, to whom it properly belongs."
Thomas Jefferson in the debate over the recharter of The Bank Bill, (1809)
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