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“A greve climática estudantil foi um dia histórico”
Foi com esperança que a coordenadora do Bloco olhou para a greve climática estudantil. “Um dia histórico” quer porque “há muito tempo que Portugal não via uma manifestação estudantil tão forte”, quer pela sua dimensão mundial.
Para Catarina Martins “a geração que agora se levanta” tem “toda a razão” porque o ambiente “é a causa das nossas vidas”. E esta geração sabe que já foi perdido “tempo demais” à espera de “políticas que protegam a nossa vida.”
A inversão de políticas é urgente: “há doze anos para termos a neutralidade no carbono e para pararmos o que podem ser alterações que vão impossibilitar a nossa vida com o aumento dos fenómenos climáticos extremos.”
A coordenadora do Bloco não deixou de apresentar exemplos de como, em Portugal, já estamos a viver uma crise ambiental, o que se vê “nos incêndios, na erosão da costa, nas tempestades.”
Não se trata portanto de questões longínquas ou de matérias políticas abstratas mas de escolhas “muito concretas”: “este é o momento de escolhermos se quereremos deixar como pede esta geração, o petróleo no chão e parar todos os furos ou se queremos continuar a alimentar as emissões e as alterações climáticas”.
E o Bloco já fez a sua escolha. Catarina Martins define o partido como “ecossocialista” o que quer dizer que considera considera que “a predação capitalista furiosa dos recursos do planeta está a por em causa as nossas vidas.”
“Esta é uma das maiores manifestações que Portugal vê em muitos anos”, diz @catarina_mart. “Chega de acordos coletivos que ninguém cumpre. É preciso alterar a política para salvar as nossas vidas”. pic.twitter.com/DGEIY1tGqI
— Esquerda.Net (@EsquerdaNet) 15 de março de 2019
Por isso, “a causa do ambiente é uma causa do Bloco desde sempre” e o partido sente-se em casa nas várias lutas ambientais que tem abraçado: "nas lutas contra os furos de petróleo, nas lutas para encerrar Almaraz, na luta contra a poluição dos rios, estamos juntos pelo que conta, o ambiente.”
Não se pode assobiar para o lado face às alterações climáticas
A deputada bloquista Maria Manuel Rola interveio no plenário para saudar uma manifestação que nos veio dizer "que não há planeta B" e que "não aceita que continuemos a assobiar para o lado relativamente às alterações climáticas."
A deputada @MariaManuelRola saúda a Greve Climática Estudantil.#Fazpeloclima pic.twitter.com/eH6hClTucd
— Esquerda.Net (@EsquerdaNet) 15 de março de 2019
Comentários
Com a Juventude, talvez isto mude!
Extraordinário exemplo dos jovens em Portugal e em tantas cidades do mundo de que a juventude não está indiferente, nem incapaz de se levantar contra os grandes males que assolam o Planeta.
Cabe aos activistas do Bloco incorporarem nesta luta a rejeição do capitalismo como a única forma séria de defender o Ambiente. De ressaltarem também alguns dos seus horrores que pouco aparecem nestas manifestações, entre eles o mais ausente, mas não menos grave: a fabricação de toneladas de armamento e equipamentos de guerra, multiplicados pelas toneladas de energia fóssil que consomem e pelos crimes que provocam ao assassinarem milhões de pessoas e destruírem tantos países nas suas invasões militares e bombardeamentos desumanos.
Parabéns ao Esquerda.net por estas reportagens! E ao Bloco pela sua participação!
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