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Uber e Cabify deixam de operar em Barcelona
A regulação dos transportes de veículos de aluguer com condutor (VTC) por parte dos governos regionais tem levado taxistas e condutores inscritos nas plataformas como a Uber ou a Cabify a manifestarem-se em Madrid e Barcelona.
Na semana passada, o governo catalão aprovou um decreto que entrará em vigor esta sexta-feira e que obriga à pré-contratação do serviço com uma antecedência mínima de 15 minutos, que poderá ser alargada se for essa a vontade de cada município. A decisão agradou aos taxistas em Madrid, em greve há mais de dez dias, que agora reclamam do governo regional liderado pelo PP que aprove uma medida semelhante.
A reação das empresas Uber e Cabify, que organizaram protestos de condutores nas ruas de Barcelona, foi o anúncio feito esta quinta-feira de que deixarão de operar em Barcelona por causa das novas regras.
“A obrigação de esperar 15 minutos para viajar numa VTC não existe em lado nenhum na Europa e é totalmente incompatível com a imediatez dos serviços”, sublinha a Uber em comunicado. Por seu lado, a Cabify afirma que a nova regulação “tem como único objetivo, e portanto também como consequência final, a expulsão direta da aplicação da Cabify e das suas empresas colaboradoras da Catalunha e Barcelona”.
Uma das empresas detentora de licenças VTC em Barcelona, a Vector Ronda, anunciou que irá promover um despedimento coletivo de cerca de mil trabalhadores. O mercado das autorizações das VTC tem estado no centro da polémica com os taxistas, que denunciaram as portas giratórias entre política e finança neste negócio milionário onde poucas empresas detêm quase todas as autorizações e pagam os seus impostos fora de Espanha. Os taxistas acusam ainda a Cabify de praticar jornadas de 66 horas semanais em troca de um salário de 822 euros mensais para os condutores.
Desmontando a las VTC: son negocios sobre ruedas, no economía colaborativa #EstoEsUnaHistoriaDePuertasGiratorias #HuelgaTaxi #TaxiEnLucha https://t.co/eBe7WXL8CQ
— FETE (Élite Taxi España) (@EliteTaxiEspana) 31 de janeiro de 2019
A Associação Profissional de Táxi de Barcelona agradeceu ao governo e à autarquia liderada por Ada Colau a compreensão para o problema e a solução que vai finalmente “estabelecer legalmente a diferenciação de setores e acabar com esta invasão ilegal do nosso setor, mas sobretudo proteger a cidade de Barcelona”.
A greve de táxis em Madrid vai prosseguir enquanto decorrem as negociações com o governo regional. Sete taxistas encontram-se em greve de fome num protesto contra a liberalização do setor.
Comentários
As plataformas Uber, Taxify,
As plataformas Uber, Taxify, Cabify e Chaffeur Privé não são mais do que centrais inteligentes de chamada de transportes individuais de passageiros que operam o transporte individual de passageiros com viaturas descaracterizadas por falhas e buracos da lei e por incompetência dos governantes.
Os operadores de plataformas electrónicas de transporte rodoviário só deviam ser legalizadas para prestarem serviços de apoio aos operadores de transporte individual de passageiros e a outros operadores incluindo os de mercadorias que com elas queiram contratar os seus serviços
Por razões de conflitos de interesses estas plataformas digitais não podem nem devem ser legalizadas como transportadoras! e deviam ser impedidas de negociarem e operarem no ramo dos transportes rodoviários.
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