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“Não caiam no erro de responder à violência com violência”

Catarina Martins lamentou que a impunidade de “alguns elementos racistas e violentos” continue a manchar a imagem das forças de segurança. E deixou um apelo aos jovens do bairro da Jamaica.
Catarina Martins. Foto Paulete Matos.

Questionada pelos jornalistas esta terça-feira sobre a repressão policial no centro de Lisboa à manifestação dos jovens do bairro da Jamaica, que protestavam contra a violência da polícia quando intervém no bairro, Catarina Martins afirmou que “as forças de segurança desempenham uma função essencial e não deviam ser manchadas por alguns elementos racistas e violentos no seu seio, e pela impunidade com que muitas vezes estas situações são tratadas”.

“O que aconteceu ontem foi uma manifestação maioritariamente pacífica de jovens que dizem basta à impunidade e basta de violência policial racista”, prosseguiu Catarina, sublinhando que “é importante dizer a estes jovens que a sua mensagem foi ouvida e que não estão sozinhos, porque há muita gente neste país que não aceita o racismo e não aceita a violência”.

Por isso, deixou um apelo aos jovens para que “não caiam no erro de responder à violência com a violência”.

Lembrando que o Ministério Público já anunciou a abertura de um inquérito e que o grupo parlamentar do Bloco questionou o governo sobre as responsabilidades próprias da tutela, a coordenadora bloquista afirmou esperar “que haja investigação e consequências atempadamente”.

“PSD tentou que só fossem conhecidos os devedores da Caixa”

Questionada pela imprensa acerca da divulgação da lista de devedores da CaixaGeral de Depósitos, Catarina lembrou que o Bloco “empenhou-se muito para que fossem conhecidas as listas de devedores de todos os bancos que tiveram intervenção pública e onde os contribuintes foram chamados a pagar perdas. Não só da Caixa, mas de todos os bancos”.

A coordenadora bloquista aproveitou para responder às críticas de Rui Rio, lembrando que “o PSD tentou que só fossem conhecidos os devedores da Caixa. Mas os contribuintes portugueses também pagaram o BCP, também pagaram o BPN, o Banif, o BES… O que dizemos é que todos precisam de prestar contas e o Bloco empenhou-se muito em que se conhecesse os devedores de todos os bancos que acabámos por pagar”.

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