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Ativistas antitourada agredidos em Albufeira
Um vídeo divulgado no Facebook mostra um homem em tronco nu, algemado, a ser levado por um corredor enquanto é pontapeado nas costas e no peito por dois homens à frente de um militar da GNR. Nem o militar que levava o ativista antitouradas, nem os forcados que assistem à agressão fazem algo para interromper o que está a acontecer. Surge no vídeo um segundo homem, também de tronco nu, algemado e levado por outro militar da GNR. Dele aproxima-se um homem de cabelo grisalho que golpeia o detido na cabeça e nas costas com uma bandarilha, também sem que alguém o tente impedir ou condene.
Os dois detidos e agredidos são ativistas antitouradas membros do Vegan Strike Group, um grupo de defesa dos direitos dos animais. Os ativistas têm o hábito de saltar para o meio das arenas, interromper as touradas e exibir mensagens contra a prática: “Stop torture” (Parem a tortura), “Stop bullfight” (Parem as touradas) ou “Love animals” (Amem os animais).
Em Albufeira a invasão da arena foi feita por um homem holandês e dois portugueses. Segundo o Diário de Notícias, a invasão ocorreu após a lide do primeiro touro, já sem o animal em campo, e quando uma cavaleira se preparava para fazer uma volta de triunfo pela praça. Os três homens foram de imediato detidos pelos militares da GNR e por outros homens e agredidos repetidamente. Também a companheira de um dos ativistas afirma ter sido agredida e forçada a apagar a filmagem que fizera das agressões com o seu telemóvel. Como prova das agressões tem apenas o relatório médico que fala em hematomas na cabeça e no pescoço e uma luxação no ombro.
A gerente de um restaurante e loja veganos afirma ter visto "cerca de 20 pessoas com paus de madeira, bandarilhas, etc. a bater nos ativistas e nos agentes. Havia um homem que creio estar ligado ao toureio a cavalo a incitá-los: 'Têm de levar mais, filhos da puta, morram.' Fui dizer para pararem e dois agarraram-me pelos colarinhos, bateram-me na cara, deram-me pontapés”. Mónica Gaspar disse ao Diário de Notícias que as agressões só terminaram com a intervenção de um grupo de turistas.
“Vinha com a minha mulher, as minhas filhas e um casal amigo a passar e vi dois homens a bater numa mulher, a agredi-la brutalmente, a murro. Iam caindo para cima do carrinho de bebé da minha filha mais nova, que tem 7 meses, obrigando-me a fugir para o meio da estrada. Deixei o carrinho com a minha mulher e agarrei o homem, puxei-o para parar de bater na rapariga”, disse ao DN Pedro Pereira, um dos turistas lisboetas que presenciou as agressões. Também este homem foi agredido: “Mas aí apareceram vários a agarrar-me - cheguei a ter quatro à minha volta - e a tentar bater-me. Ainda consegui desviar-me, tenho um metro e oitenta e sou ágil, mas veio um por trás que me bateu com um pau e me abriu a cabeça”. Pedro Pereira acabou a noite no hospital, onde lhe coseram a cabeça.
Mónica Gaspar afirma ainda que os militares da GNR não cooperaram quando os agressores fugiram, tendo-se recusado a ir procurar os agressores que entretanto tinham entrado na arena e se aproximado dos camiões dos cavalos.
O Comando Nacional da GNR não esclareceu o Diário de Notícias quanto ao número de efetivos que tinham na praça de touros de Albufeira, em que tipo de serviço estavam, quantos apareceram como reforço ou se procederam à identificação de algum dos agressores. Em relação ao telemóvel na praça de touros e à denúncia da eliminação de conteúdos do mesmo, resumiram a situação com “a GNR foi chamada a intervir devido a um conflito existente entre duas mulheres, motivado pela posse indevida de um telemóvel, tendo o mesmo sido recuperado pelos militares e devolvido à legítima proprietária”.
A empresa que gere a Praça de Toiros de Albufeira encaminhou os comentários para a Protoiro/ Federação Portuguesa de Tauromaquia que, por seu turno, afirma que “os aficionados deram mostra de grande tolerância e respeito” face a um grupo que se dedica a “provocar ações de distúrbio e apresentar-se como vítimas” e que “a existirem agressões”, as lamentam. A Protoiro qualifica os três ativistas que invadiram a arena e que foram agredidos como sendo “mercenários internacionais”.
Comentários
Terror
Então os touros defensores da tortura a animais, batem nas pessoas de bem na frente da autoridade ´´repressora``, e os ditos defensores das pessoas, autoridade máxima imponente que impõe a ordem geral, deixa que os detidos sejam agredidos, sem poderem defender-se! Bem, não é de admirar, aqueles recintos são mesmo de chacina geral, palco do terror provocado a animais de quatro patas e de duas. Eu não aceito a ideia que muitos defendem, de que também comemos a carne dos animais e não reclamamos; mas se a lei da vida e do homem o permite, esses animais devem ser mortos em segundos, com o menor sofrimento possível, em condições de higiene, e não sofrer durante horas, contaminados com o lixo humano, só para satisfazer o masoquismo dos ignorantes e estúpidos entusiastas daquele massacre, não me parece que estes troglodita, também brinquem com o bife que têm no prato. Será que também vão pegar no bife e atira-lo para o chão, espezinha-lo, emporcalha-lo e depois come-lo? Deixem-se dessas brincadeiras da idade média, sejam humanos e deixem os animais em paz.
Temos imagens, os agentes
Temos imagens, os agentes também podem ser todos identificados, acho que a partir de agora é só pôr a justiça a funcionar. As bestas que agrediram os jogadores já estão lá dentro há uns meses, agora é só juntar mais umas bestas ainda mais estúpidas. Bem grave é a postura da GNR, inadmissível para uma força policial ter esta atitude em 2018, enquanto não se fizer justiça exemplarmente não vai acabar esta vergonha de "tradição" de espezinhar animais (aliás, há uma lei que criminaliza os maus tratos animais, não percebo qual a diferença de agredir um cão ou um touro...)
Imagine-se que um touro
Imagine-se que um touro entrava na arena e feria os três invasores!
De quem seria a responsabilidade da agressão taurina?
O espectáculo estava
O espectáculo estava autorizado legalmente, a arena foi invadida por manifestantes que desobedeceram à autoridade policial com fugas grotescas, a autoridade manietou os invasores e houve manifestações de desagrado com acometidas físicas.
Se esta invasão com o mesmo propósito fosse num espectáculo de futebol as consequências seriam muito provavelmente trágicas!
O que esperavam obter os manifestantes? O apoio dos touros ou saírem em ombros pelos curros?
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