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Bancos emprestaram 47 milhões por dia às famílias no primeiro semestre
Em junho, foram emprestados mil milhões para crédito à habitação e 631 milhões para consumo. O ritmo dos empréstimos acelerou fortemente no mês anterior à entrada em vigor de regras mais apertadas, criadas com o propósito de evitar o endividamento excessivo.
Aliás, os números registados nesse mês são os mais altos desde 2010, fechando um semestre de grande aceleração. De janeiro a junho, o crédito à habitação e ao consumo chegou aos 8500 milhões de euros, ou seja, cerca de 47 milhões por dia. No período homólogo do ano anterior, este valor foi de 38,6 milhões por dia.
Foi precisamente essa aceleração que levou o Banco de Portugal a tomar medidas, já que o crédito à habitação tinha uma grande dimensão porque se vêem sinais de sobrevalorização nas maiores cidades. Assim, acautelando uma previsível subida das taxas de juro, que pode levar a que se perca capacidade de suportar os empréstimos, o Banco de Portugal recomendou aos bancos que se focassem na taxa de esforço global, que não deve ultrapassar os 50%.
Estas recomendações têm um carácter quase obrigatório, já que exigem que, não sendo cumpridas, os bancos expliquem os motivos. O Banco de Portugal também já admitiu que, caso as recomendações não forem cumpridas, haverá uma “injunção” de seguida, ou seja, passarão a ser obrigatórias.
Comentários
Mais um tombo?
As pessoas não aprendem mesmo, parece que gostam de crises; pois tudo indica que a próxima será derradeira, e não vai haver mais contemplações nem santo que lhes valha. Os bancos, esses também não aprendem, estão sempre a pensar com os ovos de ouro, mas já se viu que não foi assim na da última vez, e provavelmente não será desta, as garantias que eles exigem são sempre no contexto dos rendimentos das pessoas e não no património, mas os rendimentos nem sempre são garantidos a longo prazo, logo, tudo se desmorona e lá voltamos ao mesmo, falência das famílias e bancos arruinados. Depois lá vai o Estado injectar mais dinheiro público num buraco sem fundo. Como é que as pessoas insistem em terem tudo, se não podem ter nada? Num país tão pobre, como podem as pessoas quererem todas ter casa, automóvel, férias de luxo e casa recheado de tudo o que bom o do melhor? O que adianta ter isto tudo, se depois vão ficar sem nada? Não seria melhor, primeiro criar riqueza no país, enriquecer, para que o povo possa ter um modo de vida muito mais folgado, e assim ter possibilidades de então ter tudo o que quer. Eu penso que sim, mas se as pessoas preferem viver toda a vida em crises cíclicas! Então vamos continuar pobrezinhos, com aparência de ricos.
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