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Bancos emprestaram 47 milhões por dia às famílias no primeiro semestre

A aceleração do crédito aconteceu antes do aperto das regras, iniciado em julho. Os bancos estão otimistas para o terceiro trimestre.
De janeiro a junho, o crédito à habitação e ao consumo chegou aos 8500 milhões de euros, ou seja, cerca de 47 milhoes por dia. No período homólogo do ano anterior, este valor foi de 38,6 milhões por dia.
De janeiro a junho, o crédito à habitação e ao consumo chegou aos 8500 milhões de euros, ou seja, cerca de 47 milhoes por dia. No período homólogo do ano anterior, este valor foi de 38,6 milhões por dia.

Em junho, foram emprestados mil milhões para crédito à habitação e 631 milhões para consumo. O ritmo dos empréstimos acelerou fortemente no mês anterior à entrada em vigor de regras mais apertadas, criadas com o propósito de evitar o endividamento excessivo.

Aliás, os números registados nesse mês são os mais altos desde 2010, fechando um semestre de grande aceleração. De janeiro a junho, o crédito à habitação e ao consumo chegou aos 8500 milhões de euros, ou seja, cerca de 47 milhões por dia. No período homólogo do ano anterior, este valor foi de 38,6 milhões por dia.

Foi precisamente essa aceleração que levou o Banco de Portugal a tomar medidas, já que o crédito à habitação tinha uma grande dimensão porque se vêem sinais de sobrevalorização nas maiores cidades. Assim, acautelando uma previsível subida das taxas de juro, que pode levar a que se perca capacidade de suportar os empréstimos, o Banco de Portugal recomendou aos bancos que se focassem na taxa de esforço global, que não deve ultrapassar os 50%.

Estas recomendações têm um carácter quase obrigatório, já que exigem que, não sendo cumpridas, os bancos expliquem os motivos. O Banco de Portugal também já admitiu que, caso as recomendações não forem cumpridas, haverá uma “injunção” de seguida, ou seja, passarão a ser obrigatórias.

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