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Bloco quer ouvir chefes de equipa demissionários e administração do CHLC

“As denúncias feitas pelos chefes de equipa demissionários são particularmente graves e devem ser escalpelizadas”, afirma o deputado Moisés Ferreira no pedido de audição urgente entregue no parlamento.
Foto de Paulete Matos.

O Bloco de Esquerda quer ouvir na próxima reunião da comissão parlamentar de Saúde, agendada para 11 de julho, os chefes de equipa de medicina interna e cirurgia geral do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) que apresentaram a sua demissão por considerarem que as Urgências do Hospital São José não têm níveis de segurança aceitáveis.

“Tendo em conta o nível de diferenciação das unidades que integram o CHLC, em particular, o São José, o Bloco de Esquerda considera a perda de capacidades formativas, assim como a incapacidade para captar ou fixar médicos especialistas é particularmente grave”, afirma o deputado Moisés Ferreira no requerimento em que solicita a audição urgente dos demissionários e dos administradores deste Centro Hospitalar.

Para Moisés Ferreira, o reconhecimento da gravidade da situação por parte da administração “não basta”, pelo que é necessário que explique ao parlamento “as causas e, acima de tudo, o porquê de não se terem encontrado soluções” para os problemas identificados.

Também o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, reagiu à demissão dos chefes de equipa, responsabilizando a "negação permanente da realidade que o ministro da Saúde insiste em ter" quanto à realidade das condições de funcionamento nos grandes hospitais do país. "A situação [no hospital de São José] espelha o que está a acontecer no país todo. As pessoas estão a trabalhar no limite (...). Isto vai acontecer noutros hospitais. Tenho notícia de que noutros grandes hospitais do país as coisas vão acontecer provavelmente até de forma mais grave", afirmou o bastonário à agência Lusa.

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