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CTT querem fechar pelo menos 22 lojas
A informação foi avançada pelo jornal online ECO e já foi confirmada também pela TSF. O plano de reestruturação da empresa já previa o fecho de estações com menor procura, mas agora sabe-se que o atual vice-presidente e CEO dos CTT, Francisco Lacerda, fez chegar à Comissão de Trabalhadores um pedido de parecer sobre o encerramento de 22 lojas.
Entre as lojas a encerrar estão as de Olaias e do Socorro, em Lisboa, e ainda as de Asprelas, Galiza e Areosa, todas estas no Porto. Porém, sabe-se também que os encerramentos poderão não ficar por aqui.
Esta é a lista completa das lojas que os CTT pretendem encerrar, segundo o Eco:
Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de S. Vicente, Socorro (Lisboa), Riba d’Ave, Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa de Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprelas (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede, Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira).
Comissão de Trabalhadores dos CTT fala em "encerramento sumário
À TSF, José Rosário, coordenador da Comissão de Trabalhadores dos CTT, garante que foi apanhado de surpresa por esta medida: "No dia 27 [de dezembro] tivemos reunião com a administração. Nunca nos foi colocada uma questão de despedimentos coletivos nem de encerramento sumário e de elevado número de lojas", disse.
"Vinte e duas estações de uma só vez, estamos a falar de cerca de 10% das estações que estão abertas a nível nacional", constatou José Rosário, acrescentando que a medida tem "um peso muito grande".
O coordenador da Comissão de Trabalhadores dos CTT afirma que ainda não foi apurado o número concreto de postos de trabalho afetados, mas assegura que a medida vai atingir mais de 40 funcionários e também “afetar, sobretudo, os utentes mais velhos”.
"Há aqui lojas que servem populações envelhecidas e que qualquer deslocalização (...) representa uma dificuldade acrescida para as pessoas" e que acarreta custos, defendeu José Rosário.
Os CTT dispõem atualmente de uma rede com 4377 postos, onde se incluem 613 lojas próprias, 1744 lojas em parceria e 2020 postos de venda de selos.
Comentários
CTT
O BE, o PCF e outros movimentos de esquerda deveriam lançar um abaixo-assinado nacional em favor da renacionalização dos CTT. Essa história é paradigmática. Pegaram uma empresa pública em boas condições, venderam o património, criaram um banco certamente com a conivência dos "meninos dourados" do Banco Central, e que ainda vai custar milhões os portugueses, dado o estado da Banca nacional. Distribuíram dividendos, e agora cospem o caroço. Aí está uma boa ocasião para o Senhor Presidente da República "reinventar" o País, o país cujo desenvolvimento precisa de ser "interiorizado" e vai assistir mais uma vez ao encerramento de serviços públicos em locais "que não dão lucro". Afinal foi o partido do Senhor Presidente que privatizou os correios, que engula a pílula agora, ao invés de culpar o diabo pelo mal que grassa neste país.
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