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Mega-concerto ajuda a pagar fianças dos presos políticos catalães

50 mil pessoas assistiram este sábado no Estádio Olímpico de Barcelona a um concerto pela liberdade dos dirigentes políticos e sociais pró-independência.
Foto Assembleia Nacional Catalã/Twitter

O “Concerto pela Liberdade” reuniu cerca de 50 mil pessoas no Estádio Olímpico de Barcelona e contou com dezenas de artistas e depoimentos lidos por familiares dos governantes e ativistas sociais presos por defenderem a independência da Catalunha.

O objetivo do concerto organizado pela Assembleia Nacional Catalã, para além de mobilizar o campo social pró-independência a poucas semanas das eleições de 21 de dezembro, foi a recolha de fundos para pagar as fianças e despesas judiciais dos presos, dois dos quais detidos desde 16 de outubro.

Esta segunda-feira, o Supremo Tribunal espanhol vai decidir se aceita os pedidos de libertação feitos pelos presos catalães, ou se acompanha a posição da Procuradoria de mantê-los nas prisões espanholas. Para o próximo dia 7 de dezembro está marcada uma concentração pela independência catalã em Bruxelas, onde se encontra parte do governo destituído por Mariano Rajoy, nomeadamente Carles Puigdemont, que também enviou uma mensagem a este concerto.

Junqueras pede observadores eleitorais europeus nas eleições de dia 21

Na sua mensagem enviada a partir da prisão, o vice-presidente do governo e líder da Esquerda Republicana Catalã, que lidera as intenções de voto nas sondagens, apelou aos catalães para irem “votar com um sorriso nos lábios” no dia 21, mostrando-se convicto de que estas eleições “vão despertar o interesse europeu e a opinião publica internacional”.

Ler também: Catalunha: Junta Eleitoral proíbe laços amarelos e referências aos presos

Num artigo publicado no diário Político, Oriol Junqueras considerou “difícil” que o Partido Popular aceite os resultados das urnas. Por isso, sublinhou que a UE “tem o dever de defender a democracia” e enviar observadores para que os resultados sejam realmente respeitados e que haja garantias de que “os abusos acabarão”.

A ERC anunciou ter recolhido cerca de seis mil inscrições para delegados às mesas eleitorais para além dos habituais oito mil delegados do partido. Isso vai permitir-lhe fazer uma contagem paralela em todas as mesas, a partir do centro de dados que terão operacional para esse efeito na noite eleitoral.

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