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Autárquicas deram ao Bloco “responsabilidades acrescidas”

Catarina Martins reagiu aos resultados eleitorais já conhecidos, que confirmam o crescimento do Bloco em número de votos e mandatos eleitos nos órgãos autárquicos.
Foto Paulete Matos.

Pouco antes da meia noite de  domingo, numa altura em que ainda eram aguardados os resultados finais, Catarina Martins fez o primeiro balanço dos resultados do Bloco de Esquerda nas eleições autárquicas, concluindo que elas trouxeram “responsabilidades acrescidas” ao partido com o aumento da representação nas autarquias.

“O Bloco cresceu nestas eleições em número de votos e em eleitos e eleitas. Temos mais mandatos em Assembleias de Freguesia, mais mandatos nas Assembleias Municipais e temos vereadores em Câmaras onde antes não tínhamos”, sublinhou a coordenadora do Bloco, dando exemplos de concelhos onde o  Bloco nunca tinha apresentado candidatura, como em Carregal do Sal, Mesão Frio ou Alijó, tendo eleito representantes nesta eleição.

“É para nós um orgulho termos pela eleitos e eleitas pela primeira vez em tantas freguesias rurais deste país”, congratulou-se a coordenadora bloquista, reconhecendo que “temos muito a aprender no trabalho autárquico e muito a fazer”.

Catarina Martins destacou ainda o resultado em Lisboa, onde o Bloco assegura a eleição de um vereador. “A eleição do Ricardo Robles é a prova de que o Bloco pode eleger quem trabalha todos os dias em nome da sua cidade e da sua gente. É a garantia de um vereador de esquerda a tempo inteiro na Câmara Municipal de Lisboa”.

A coordenadora do Bloco referiu-se ainda aos objetivos de campanha que não foram atingidos. “No Bloco falamos do que corre bem e do que não corre bem, e assim deve ser”, sublinhou, acrescentando que o Bloco “não ganhou nenhuma Câmara Municipal, não recuperámos Salvaterra de Magos nem ganhámos Torres Novas”. O segundo objetivo por cumprir foi o de “parar maiorias absolutas”. “Nestas eleições tudo indica que haverá mais maiorias absolutas”, lamentou Catarina.

Noite eleitoral do Bloco  no Palácio Galveias, em Lisboa. Foto Paulete Matos.

Questionada pelos jornalistas sobre a leitura nacional destas eleições, Catarina lembrou que “para o Bloco era importante que a direita tivesse um resultado pior nas autárquicas e esse objetivo foi atingido”, muito à custa da queda do PSD.

Sobre o efeito que este resultado poderá ter na relação de forças entre os partidos que formam a atual maioria parlamentar, Catarina respondeu que o
Bloco continuará com “o mesmo empenho e com o mesmo compromisso a trabalhar todos os dias para que o acordo para parar o empobrecimento que fizemos em novembro 2015 seja cumprido”.

“Aquilo a que estamos determinados desde já é nas negociações do Orçamento do Estado para garantir que baixamos os impostos para quem vive do seu trabalho, para garantir que somos capazes de ir mais longe a responder aos pensionistas, para garantir que os serviços públicos são reforçados e para garantir que o salário mínimo nacional volta a subir em janeiro de 2018”, concluiu.

Autárquicas 2017: Declaração de Catarina Martins na noite eleitoral | ESQUERDA.NET

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