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Petição exige reconhecimento da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde

Desde 2009 que os ex-auxiliares de ação médica foram incluídos na categoria de “assistente operacional”, embora desempenhem funções como “técnicos auxiliares de saúde”. Agora dizem “basta” e querem uma carreira profissional reconhecida.
Petição exige reconhecimento da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde
Foto de Paulete Matos.

Um movimento de assistentes operacionais de saúde, o “Grupo Assistentes operacionais da saúde em luta pela carreira profissional”, lançou uma petição dirigida à Assembleia da República, na qual exige o reconhecimento da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde. Ler petição aqui.

O movimento reúne mais de oito mil assistentes operacionais que trabalham de norte a sul do país e ilhas, em diversas instituições, como hospitais, lares, centros de saúde e unidades de cuidados continuados e paliativos.

A petição, que tem já mais de 4 mil assinaturas, será entregue na Assembleia da República, em breve, e serão pedidas reuniões a todos os grupos parlamentares.

Em comunicado, estes profissionais explicam a sua situação: “No final do ano de 2008, éramos 'Auxiliares de Ação Médica', uma categoria e carreira com mais de 40 anos. No início de 2009 acordámos como 'Assistentes Operacionais'. Em 2010, porque viram o erro que tinham feito, criaram a categoria de “Técnico Auxiliar de Saúde”, através da Portaria 1041/2010 de 7 de outubro - Técnico Auxiliar de Saúde. No entanto, estamos em 2017 e continuamos como 'Assistentes Operacionais', mas tendo as competências dos 'Técnicos Auxiliares de Saúde'”.

Perante isto, dizem “basta” e exigem o reconhecimento da categoria e da carreira, cujas funções estão definidas e são as que exercem há anos.
Segundo o movimento, existem cerca de 25 mil assistentes operacionais nesta situação, desempenhando funções reguladas e essenciais ao normal funcionamento dos serviços de saúde, mas sem a carreira especifica associada.

Na realidade, explicam “exercemos funções de Técnicos Auxiliares de Saúde, mas não temos a carreira reconhecida, nem a remuneração correspondente ao exercício das nossas funções”. Para estes profissionais, ser assistente operacional nas funções de um ex-auxiliar de ação médica, “é uma escolha de carreira que exige não só disponibilidade e vocação, mas também grande dedicação e amor à profissão”.

“Somos o braço direito de enfermeiros e de outros profissionais com formação superior dentro de diversas instituições de saúde, somos profissionais de grande importância nas tarefas inerentes aos cuidados diários a ter com os utentes”, dizem ainda, vincando que “em caso de internamento”, são estes profissionais que “ajudam a zelar pelo conforto dos utentes” e são “muitas vezes a ponte entre utentes, médicos e enfermeiros”.

O movimento luta pela carreira profissional, mas diz não ter dúvidas de que o reconhecimento do seu trabalho implica valorizar o Serviço Nacional de Saúde, que terá “melhor qualidade” e “em benefício de todos os utentes”.

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