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Câmara de Beja expulsa famílias ciganas residentes num acampamento
O Bloco de Esquerda de Beja divulgou um comunicado onde manifesta a sua “enorme preocupação” desde que tomou conhecimento da notificação enviada pela Câmara Municipal de Beja, assinada pelo seu Presidente João Rocha, às dezenas de famílias residentes no acampamento junto ao parque nómada, “intimando-as a levantarem as tendas até 10 de Agosto, sob pena de execução coerciva, numa ameaça pouco velada de intervenção policial”.
Perante a situação, o Bloco “apela em tempo útil à Câmara de Beja para que suspenda estas notificações e a ação executiva marcada para 10 de Agosto”, lê-se no comunicado. “Uma autarquia de esquerda não pode invocar «a lei (em abstrato) contra a grei» na senda da campanha xenófoba do candidato do PSD em Loures, André Ventura”, alegam a organização local do Bloco.
O "parque nómada" foi criado há mais duma década, por iniciativa da própria Câmara de Beja, para realojamento de famílias que viviam em barracas junto ao Bairro da Esperança. Entretanto, “o «parque» foi crescendo e transformou-se num gueto, perante a passividade da Câmara, que agora decreta o despejo de dezenas de famílias, sem alternativa, pondo em causa até a frequência escolar das crianças aí residentes”, denunciam.
Para o Bloco de Beja, não se resolvem problemas sociais “enxotando” comunidades para uma vida nómada, “à semelhança do que fez o salazarismo durante quase 50 anos”. Os bloquistas consideram ainda “inaceitável” a ameaça de recurso à violência policial “contra uma comunidade, incluindo crianças, mulheres e idosos”.
Políticas sociais inclusivas
No comunicado, a coordenadora distrital do Bloco de Beja defende que “a alternativa à repressão é fomentar políticas sociais inclusivas, em particular no domínio da habitação, de forma garantir a integração das diversas comunidades - objetivo repetido pelo governo, nomeadamente pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade”.
A organização bloquista diz ainda que “está disponível para contribuir para a concretização destas políticas sociais, não só nas autarquias mas, desde já, no quadro da discussão do Orçamento de Estado para 2018”.
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Exportando "os diferentes"
Não é de hoje que os ciganos são indesejados no mundo, principalmente no velho continente. A Europa é um celeiro de perseguição a ciganos, seja na Grécia, França, Albânia, Espanha, Alemanha e Portugal entre outros. Os governos destes países deveriam se envergonhar por serem tão ciganofóbicos. É certo, que os ciganos não são povos fáceis de se adaptarem as regras não ciganas, porém, não custa tentar ajudá-los a entendê-las. Ninguém, gosta de aderir ao que não conhece. Os ciganos são povos livres como o vento que tem costumes baseados nessa liberdade de ir quando tem que ir e ficar quando precisam ficar. Os ciganos ricos tem hábitos diferentes dos ciganos pobres porque dispõem de riquezas, novas tecnologias, habitações modernas, alimentação e saúde. Já os ciganos pobres não tem acesso a nada a não ser o dia e a noite. Logo, eles precisam de oportunidades iguais para aprenderem a conviver com as novas tecnologias e padrões de limpeza que é fundamental para os outros povos. Contudo, eles primeiro precisam ser convencidos de que esse padrão de convivência e acepsia é melhor para eles tbm. Sem entender nada é que eles não vão suprimir seus costumes para aceitar o comportamento alheio.
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