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Jornal Público dispensa três colunistas
A José Vítor Malheiros, cuja saída foi anunciada pelo próprio no início do mês, juntam-se agora os jornalistas Paulo Moura e Alexandra Lucas Coelho que publicaram hoje simultaneamente no facebook uma nota onde confirmam o fim da relação com o jornal Público. Os três deixam claro que esta decisão acontece por decisão de David Dinis, nomeado diretor do jornal em outubro, e que os nomes estão relacionados.
Segundo Alexandra Lucas Coelho "isto acontece na sequência de David Dinis ter dispensado José Vitor Malheiros e Paulo Moura, nomes fundamentais na história do Público." E acrescenta, "registo ainda o facto de os três estarmos claramente à esquerda do que é o posicionamento do recém-empossado diretor".
José Vítor Malheiros, que no início de janeiro publicou a sua última crónica no jornal, tinha já esclarecido que "a minha saída não se deve de forma alguma a uma decisão pessoal." Agora, acrescenta que "a recente dispensa de Alexandra Lucas Coelho e de Paulo Moura - dois dos melhores repórteres e dos mais originais autores da sua geração - pode ser sinal de muitas coisas quanto à orientação editorial do Público. Mas é certamente sinal de uma: a aposta na qualidade e na diversidade de pontos de vista não é um dos eixos da nova estratégia do Público."
Em baixo transcrevemos as notas do facebook de cada jornalista.
A minha colaboração com o Público termina este mês, por iniciativa da actual direcção, de David Dinis. Estou no jornal desde a sua fundação. Saí dos quadros da empresa em 2013, por minha decisão, mas mantive um acordo de colaboração regular. Chega agora ao fim uma intensa e fecunda relação de 27 anos, no mesmo momento em que são dispensados do jornal nomes tão fundamentais da imprensa portuguesa como Alexandra Lucas Coelho e José Vítor Malheiros.
Continuarei a fazer reportagem, a escrever e a publicar onde quer que o Jornalismo seja valorizado.
O recém-empossado director do “Público”, David Dinis, propôs reduzir a minha crónica semanal a mensal e cortar para metade a remuneração de cada crónica. Recusei por considerar que essa proposta esvazia o diálogo com o leitor e reduz a remuneração a algo indigno. Nenhuma outra proposta foi feita. Cumprirei, pois, o contrato que tenho até 31 de Março, e a partir daí encerra-se a minha relação de 19 anos com este jornal. Registo que isto acontece na sequência de David Dinis ter dispensado José Vítor Malheiros e Paulo Moura, nomes fundamentais na história do “Público”, e do jornalismo português. Registo ainda o facto de os três estarmos claramente à esquerda do que é o posicionamento do recém-empossado director.
A recente dispensa de Alexandra Lucas Coelho e de Paulo Moura - dois dos melhores repórteres e dos mais originais autores da sua geração - pode ser sinal de muitas coisas quanto à orientação editorial do Público. Mas é certamente sinal de uma: a aposta na qualidade e na diversidade de pontos de vista não é um dos eixos da nova estratégia do Público.
Título corrigido às 23.25h de 16 de janeiro de 2017, substituindo a palavra "colaboradores" por "colunistas"
Comentários
LUTA CONTRA A CENÇURA ,!
NÃO VAMOS COMPRAR MAIS O PASQUIM - jornal público - dirigido por david dinis .!
Se não comprarmos mais o
Se não comprarmos mais o Público, não são despedidas mais pessoas?
Que tipo de contrato tinham as pessoas dispensadas?
Não eram prestadores de serviços, sem obrigação de confidencialidade?
"Se não comprarmos mais o
"Se não comprarmos mais o Público, não são despedidas mais pessoas?"
Esta é boa. Quer dizer, talvez serão, mas isso será o resultado de um jornal tendencioso que atropela tudo o que são boas práticas na ética jornalística. Afinal quem são os responsáveis ? Quem compra/não compra ou quem escreve ? E quem escreve, está lá por quem ? Não será esse "quem" o verdadeiro responsável pela fraca qualidade/diversidade de opiniões ? Se tiver alguma razão, fora da qualidade do jornal ou das pessoas que lá escrevem, o problema é seu. Da minha parte, nem mais um chavo e nem mais uma visita. A razão é simples: o Publico deixou de ser jornalismo, agora é "jornaleirismo" e isso eu não leio.
David Dinis um sabujo...decadente
Um jornaleiro...vai complicar mais ainda o negócio das merçearias já debilitado de Belmiro..
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