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Sindicalistas e académicos apelam a auditoria à dívida
O texto, intitulado “Apelo a Iniciativa Unitária por uma Auditoria à Dívida Portuguesa”, é assinado por 38 figuras ligadas à academia e ao movimento sindical e defende uma auditoria da dívida “com participação da sociedade civil e do movimento dos trabalhadores” como forma de “determinar que partes da dívida são ilegais, ilegítimas, odiosas ou simplesmente insustentáveis”.
“É urgente, neste contexto, a constituição de uma comissão popular, aberta e de convergência unitária, para uma auditoria à dívida portuguesa”, lê-se no texto do apelo que acrescenta que uma auditoria nestes moldes “oferece aos trabalhadores o conhecimento e a autoridade necessários para a definição democrática de políticas nacionais perante a dívida”.
Segundo os subscritores, esta auditoria “incentiva igualmente a responsabilidade, a prestação de contas e a transparência da administração do Estado”.
Medidas de austeridade anti-populares têm de ser postas em causa
“A austeridade e as medidas de privatização pressionam em primeiro lugar os mais pobres, enquanto as ‘ajudas’ são para quem está na origem da crise. Se as medidas de austeridade anti-populares não forem postas em causa, terão um impacto considerável na Europa durante muitos anos, modificando de forma drástica a relação de forças em favor do capital e em prejuízo do trabalho”, conclui o texto.
Transcrevemos aqui o texto do apelo:
Apelo a Iniciativa Unitária por uma Auditoria à Dívida Portuguesa
A austeridade e as medidas de privatização pressionam em primeiro lugar os mais pobres, enquanto as “ajudas” são para quem está na origem da crise. Se as medidas de austeridade anti-popular não forem postas em causa, terão um impacte considerável na Europa durante muitos anos, modificando de forma drástica a relação de forças em favor do capital e em prejuízo do trabalho.
A auditoria da dívida é um passo concreto em direcção à justiça em matéria de endividamento. As auditorias da dívida com participação da sociedade civil e do movimento dos trabalhadores permitem determinar que partes da dívida são ilegais, ilegítimas, odiosas ou simplesmente insustentáveis; oferecem aos trabalhadores o conhecimento e a autoridade necessários para a definição democrática de políticas nacionais perante a dívida; incentivam igualmente a responsabilidade, a prestação de contas e a transparência da administração do Estado.
É urgente, neste contexto, a constituição de uma Comissão Popular, aberta e de convergência unitária, para uma Auditoria à Dívida portuguesa. Subscrevem este apelo, sinalizando a sua disponibilidade para o desenvolver na prática, um conjunto de activistas sindicais, de comissões de trabalhadores e de organizações cívicas, associativas e políticas.
Subscritores/as:
Manuel Carvalho da Silva (secretário geral da CGTP-IN, Lisboa), António Avelãs (presidente do SPGL), Pedro Ferreira (economista, Coimbra), Guadalupe Simões (Enfermeira, Faro), Elísio Estanque (universidade, Coimbra), Rui Maia (Precários Inflexíveis, Lisboa), Adriano Campos (FERVE, Porto), Paulo Granjo (universidade, Lisboa), José Rodrigues (sindicalista), José Castro Caldas (universidade Coimbra), Jorge Bateira (economista, Porto), Francisco Alves (sindicalista, Lisboa), Maria da Paz Campos Lima (socióloga, Lisboa), António José Vitorino (bancário, Almada), Joaquim Piló (sindicalista), Viriato Jordão (Lisboa), José Almeida (sindicalista, Lisboa), Guilherme da Fonseca Statter (sociólogo do trabalho), José Rebelo (universidade, Lisboa), Manuel Carlos Silva (professor, sindicalista), Isabel Frutas Carvalho Ascenção (SERAM-Madeira), Janine Rodrigues (enfermeira, SERAM Madeira), Artur Oliveira Baptista (sindicalista, Lisboa), Carlos Valdez Vasconcelos (professor, Lisboa), Carolina Fonseca (trabalhadora, Lisboa), Lídia Fernandes (feminista, Lisboa), Cristina Oliveira Nunes (socióloga, Lisboa), Marco Marques (Precários Inflexíveis, Lisboa), Almerinda Bento (professora, Amora), Manuel Zebral (desempregado, Galiza), Dora Fonseca (Universidade, Porto), Maria da Conceição Sousa (enfermeiro, C. Branco), António Pedro Dores (universidade, Lisboa), Assunção Bacanhim (sindicalista, Funchal), Manuel Martins (CT Autoeuropa, Palmela), Bruno Semeano (CT Faurécia, Palmela), Deolinda Martin (professora, Amadora).
Comentários
Boa tarde, Como posso assinar
Boa tarde,
Como posso assinar esta petição?
Abraços,
Ana Rita Antunes
Não se trata de uma petição
Não se trata de uma petição mas sim de um apelo à auditoria da dívida através de uma comissão participada pela sociedade civil, que inclua especialistas e académicos, os movimentos de trabalhadores e activistas dos movimentos sociais.
Na próxima semana, realizar-se-á uma conferência em Lisboa, com a participação de Éric Toussaint, Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo, Boaventura de Sousa Santos, entre outros, que poderá constituir um bom ponto de partida para a mobilização social pela auditoria à dívida.
Ver programa aqui: http://www.ces.uc.pt/eventos/?id=4011&id_lingua=1
Todos/as são bem vindos.
Preciso de mais dados para
Preciso de mais dados para saber se subscrevo a petiçao
o que este país precisa menos
o que este país precisa menos neste momento é de pessoas que precisam de mais dados. O país e o mundo...como dizem na SIC. O país e cidadão eu.
Subscrevo. Tão urgente quanto
Subscrevo. Tão urgente quanto necessária. Eu Pago mas quero saber o que pago, para quem pago, e como é (ou foi) gasto o dinheiro que é de todos nós.
ef
Esta Petição deveria ter sido
Esta Petição deveria ter sido aberta à subscrição pública.
Eu teria assinado claramente.
Como correu a conferência?
Como correu a conferência? Temos auditoria? Que passos foram dados para a sua concretização? Queremos a auditoria!
Há, sim, desde 15 de Março,
Há, sim, desde 15 de Março, uma petição "Pela criação de uma Comissão de auditoria da dívida portuguesa" - http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N7736 - da qual sou o primeiro signatário e que, até há momentos, tinha 773 subscritores. O seu texto foi baseado num artigo do arq. Guilherme Alves Coelho, que se encontra em http://resistir.info/portugal/nao_ha_que_pagar_esta_divida.html
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