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Bloco prepara-se para grande debate interno
No final da reunião da Comissão Política do Bloco, que decorreu durante a tarde desta quarta-feira, Fernando Rosas prestou declarações aos jornalistas anunciando que o Bloco irá fazer o seu debate interno, “como sempre fez, a seguir às grandes campanhas eleitorais, nas vitórias e nas derrotas, como agora aconteceu”. “Vamos fazê-lo alargadamente, democraticamente e a partir da convocação de uma Mesa Nacional para dia 18 de Junho. Iniciaremos um processo de grande debate interno acerca do balanço eleitoral, da nova situação política interna, apontando perspectivas para o nosso trabalho”.
A Comissão Política (CP) deixa bem claro que os timings e o processo do debate interno são fixados pelos órgãos democraticamente eleitos em Convenção “e não por qualquer pressão mediática ou outra que se faça sobre o normal funcionamento da sua democracia interna”, sublinhou Rosas. “Faremos como sempre, um grande debate, alargado. Um debate que olhe para o passado e trabalhe para o futuro, sem limitações, tabus ou limitações”.
O dirigente do Bloco informou também que não irá ser convocada nenhuma convenção extraordinária. “Reparei que o Daniel Oliveira, aliás vi na RTP, porque ele nunca o propôs dentro do Bloco, propõe uma convenção extraordinária ao mesmo tempo que pede o seu resultado – uma convenção extraordinária que deve demitir a direcção”, referiu Rosas, considerando que tal “não é uma proposta séria”, pois “ninguém convoca uma convenção extraordinária antecipando qual deve ser o seu resultado”.
“Vamos fazer um debate sério, alargado, com militantes e simpatizantes”, reiterou, acrescentando que a reunião da CP decorreu “num excelente ambiente de aprofundada e detalhada análise desta situação”. “Os trabalhos estão em via de conclusão, mas digo já que saímos animados para nos prepararmos para esta nova situação”.
“Houve uma maciça deslocação do voto popular para a direita”
O dirigente bloquista sublinha a viragem sociológica e política do voto para a direita que penalizou os partidos que se colocaram fora do acordo com o FMI. “Houve uma maciça deslocação do voto popular para a direita, um voto popular que busca segurança, a ilusão de uma solução a prazo e que penalizou fortemente as propostas de uma esquerda alternativa que se colocou fora do acordo com o FMI”. “Não fomos capazes de contrariar esta tendência”, disse, acrescentando que “isso exigiria aliás uma grande aliança à esquerda, desde logo inviabilizada pelo PS que alinhou na negociação com a troika”.
O Bloco encara “com lucidez, com serenidade e com crítica” o balanço das eleições. “Devemos ser humildes na vitória e lúcidos na derrota e saber retirar dela as conclusões necessárias para nos reforçarmos para o futuro”, disse. Aqueles “sábios e pitonisas” que anunciavam que o Bloco iria desaparecer estão errados, afirmou Rosas – “o Bloco teve um mau resultado mas está enraizado na sociedade portuguesa”.
Fernando Rosas apontou que “é a primeira vez, desde a constituição da democracia, que o país tem uma maioria, um governo e um presidente de direita e sobretudo tem um programa, que é o programa da troika. Um programa que será aplicado com a ajuda do CDS e em colaboração com o PS”.
O Bloco encara o novo ciclo político com grande apreensão, mas também com determinação: “toda a gente sabe onde vai encontrar o Bloco: na defesa dos direitos das pessoas, do trabalho, dos jovens, da legalidade democrática e na luta pela criação de um campo alargado à esquerda, uma alternativa política”, disse.
Primeira proposta do Bloco no Parlamento: uma comissão para a auditoria da dívida
O Bloco não altera a apreciação do acordo com a troika e vai persistir num trabalho de pedagogia e mobilização, afirmou Rosas – “o acordo é o desastre económico e social”.
A primeira iniciativa neste novo ciclo parlamentar será propor a criação de uma comissão para a auditoria da dívida. “Não é concebível que o país seja verdadeiramente 'esmifrado' para o pagamento da dívida sem que os portugueses não saibam qual é, o que é, como se constituiu e como deve ser paga a dívida pública e privada”.
“Se a maioria de direita no parlamento inviabilizar esta proposta nós vamos constituí-la na mesma: apelaremos a especialistas de todas as tendências, activistas dos movimentos cívicos, à sociedade civil, para que seja constituída uma comissão cidadã que promova a auditoria à dívida”.
Comentários
Caros Camaradas: A
Caros Camaradas:
A possibilidade de um debate sério e alargado só sobre, a deriva social à direita, mas as razões que a isso levaram, bem como a incapacidade de o BE contrariar essa deslocação é uma forma de nos reposicionarmos na luta contra o programa da troika e dos seus sátrapas locais.
Creio representar o sentir de muitos bloquistas, mais novos, mas também mais antigos que estão mais interessados em se armar nesta luta do que em "cortar cabeças" ou em "defenestrar direcções".
Agrada-me a ideia de se, como é previsivel, a comissão parlamentar para a auditoria da divida externa, não passar o BE propor a criação de uma comissão cidadã para tal efeito. Este é o caminho.
Saudações socialistas ( de facto)
Ferreira dos Santos
Vamos então a esse debate. A
Vamos então a esse debate. A opinião do Daniel Oliveira ou da Joana Amaral Dias, são de ter em conta, aliás como de muitas centenas de militantes. Com uma diferença, a deles é muito mediatizada (sendo que agora para se juntar à "festa"temos o Gil Garcia) a de muitos outros não é.Não perceberam que estão a alinhar na continuada investida da CS, de um ataque sem precedentes ao BE, que aliás começo há demasiado tempo. Mas tal não quer dizer, que a comissão politica se refugie do assumir das suas responsabilidades,com argumentos esgrimidos por duas ou três personagens (simpatizantes, aderentes?), na CS. Tem de ser um debate sério,onde se assumam erros cometidos e se renove (organismos concelhios, distritais como nacionais) com aderentes e militantes, com princípios éticos de uma verdadeira esquerda. Uma esquerda de valores, que sabe para onde ir e não para onde nos querem empurrar.
Aqui deixo uma sugestão à
Aqui deixo uma sugestão à futura discussão.
Devem os simpatizantes e militantes do BE, encetarem contactos com pessoas que sabemos têm votado BE, e saber quais os motivos que as levaram a não votar de novo no BE.Esta iniciativa, será fundamental para percebermos as razões, da não renovação da sua confiança, mas e muito importante, ajudar-nos a formar o nosso raciocínio. Assim, nas discussões a realizarem-se nas concelhias, seria importante que estas elegessem um, dois ou três aderentes, representativas das ideias/razões que levaram a esta retumbante derrota eleitoral, como o apontar de propostas de futuro. Deste modo, quando se realizem as assembleias distritais, estas serão muito mais ricas na discussão, permitindo intervenções mais longas, e não os três minutos que geralmente são permitidos. Naturalmente que deve ser prevista e acautelada, as intervenções de simpatizantes, não enquadrados em estruturas concelhias.
Por um Bloco forte,
André Oliveira
Uma auditoria dominada por
Uma auditoria dominada por PSD/CDS/PS ? Deve sair um belo trabalho...
continuem assim a propor questões técnicas sem fundo político sério e continuem a suicidar-se lentamente
para minha formação gostaria
para minha formação gostaria de saber uma coisa: considera o PS como um partido de esquerda?
“Não fomos capazes de contrariar esta tendência”, disse, acrescentando que “isso exigiria aliás uma grande aliança à esquerda, desde logo inviabilizada pelo PS que alinhou na negociação com a troika”.
pensam por acaso um dia poder contar com o PS? e para quê?
Teremos todos os de esquerda um dia pensar em quê e com quem podemos contar. Teremos de ser realistas. E em vez de fazer guerrilhinhas entre o PC e o Bloco teremos de unir - agora mais do que nunca - as nossas forças
Julgo que se for chumbada a
Julgo que se for chumbada a constituição de uma comissão para a auditoria da dívida, a tróica PS/PSD/CDS deve ser imediatamente confrontada com uma acusação clara: se escondem os verdadeiros caloteiros é porque querem pôr os portugueses a pagar negócios escuros. E, depois, faça-se então lá a comissão para ir apurar de onde vem o calote.
Não sendo militante do bloco,
Não sendo militante do bloco, tento estar o mais atento e informado possivel. Julgo conveniente uma análise racional aos resultados eleitorais.Parece-me razoável considerar que algumas reações (a forma) deixam toda a direita e uma boa parte do PS muito contentes.
Caros amigos é através do debate de ideias que se pode conseguir corrigir possiveis erros.
O livro intitulado "da tragédia à farsa" ajuda a perceber um pouco daquilo que se passou nestas eleições.
Se os militantes do bloco, seja o sr. Daniel Oliveira, seja a sra. Joana Amaral Dias ou o militante mais anónimo acham necessário e importante a discussão, pois que assim seja. Mas por favor com classe e sobretudo com uma diferença qualitativa.
Foi esta diferença uma das marcas do Bloco. Não a deitem fora por favor!
Este BE é umaamálgama de
Este BE é umaamálgama de indivíduos descontentes com o statuo quo. Não tem ideologia. Talvez seja, como nos outros partidos, a ideologia egoísta,mas muito bem encapotada, talvez seja a ideologia do ser contra, sem apresentar propostas concretizáveis, talvez seja a ideologia do ditar discursos e esperar nos cadeirões do Parlmento pelas suas consequências, talvez seja uma ideologia de nada, É essa mesmo. O BE não faz senão a censura do Poder, mas não actua, não está no terreno, não está na luta.
Camaradas Este resultado não
Camaradas
Este resultado não foi mais que a resultante de algumas decisões pouco ou mal discutidas (Ex:Apoio a M.Alegre-Voto de Censura-Não ir á reunião com a Troika) e orientações incorrectas como seguidismo em relação ao PCP
Temos que abrir mais o partido,as bases têm que ser consultadas nas decisões mais importantes.Os dirigentes têm que reunir mais com as bases,ouvi-las.
Agora qd estamos a lamber as feridas não vale a pena crucificarmos alguém.
F.Louçã e outros dirigentes são por demais carismáticos e importantes para serem queimados na voragem da derrota.
Temos que limpar as estruturas intermédias de "comissários" e acabar com o grupismo existente em muitas concelhias.Temos que colocar os interesses do partido acima dos interesses pessoais.Temos que abrir o partido ás massas,ouvir e debater as opiniões dos outros e principalmente lutar pelo poder.Temos que deixar de ser o partido do contra..temos que assumir que queremos o poder e lutar por ele.
Contem connosco
Concordo e digo o mesmo por
Concordo e digo o mesmo por outras palavras num texto que apresento a seguir , repartido.
Quem é o Bloco de
Quem é o Bloco de Esquerda?
Quem é o PCP?
Quem sou eu?
Eu sou um antigo simpatizante da UDP. Lembram-se da UDP? Marxista Leninista Maoísta Henverhoshista Stalinista ... e mais o que fosse!
O comunismo e o nacional socialismo são produtos ideológicos do industrialismo que assentando na ilusória capacidade de controlar a realidade deu no que deu.Talvez ler Alvin Toffler?
O PCP está a brincar com os camaradas da Coreia do Norte e os marxistas leninistas maoístas etc. estão mal enterrados.
O Bloquistas deveriam dizer claramente qual a sua origem ideológica e explicar que a insanidade mental que nos levava a louvar o Mao já passou.
Foram bons tempos para desenvolver a retórica e o terceiro neurónio. Agora fascismo e social-fascismo, não!
Esquerda esperta. O melhor da Suécia, do Canadá, da Noruega e de Portugal.
Progresso civilizacional!
Achegas para o debate: Os 28%
Achegas para o debate: Os 28% do PS resultam muito dos 5,2%. Quer isto dizer que os votos perdidos do BE não voaram para a direita mas para o PS, numa espécie de voto útil. E isto, apesar de tudo, faz sentido. O BE só cresce se penetrar na esquerda do PS, o que aconteceu em 2009, com o voto de protesto às políticas do Sócrates. Mas, para consolidar estes votantes e manter os seus de base, o BE precisa de se assumir, claramente, como uma alternativa de governo de esquerda (e ao PS) sem complexos. Por isso, o apoio a Alegre, a moção de censura, a falta de comparência com a Troika e a reunião bilateral com PCP, são iniciativas que até se percebem numa lógica de pequeno partido contestatário mas desiludem todos aqueles que querem encontrar uma verdadeira alternativa de esquerda. Foi tão só isto que aconteceu.
concordo 100%
concordo 100%
Desde a noite de 5 de Junho
Desde a noite de 5 de Junho que se aguarda da parte da direcção política do BE que identifique quais as estratégias e linhas políticas que explicam que o BE não tenha conseguido fixar o eleitorado que se havia transferido para o Bloco, em finais de 2009.
Aguarda-se a promoção de um debate organizado, sereno, construtivo, aberto aos militantes anónimos que diariamente dão a cara pelo bloco, aberto a figuras públicas que defendem nos média as posições do BE, aberto aos seus dirigentes, mas também aberto a votantes e simpatizantes para quem o Bloco significa uma esperança numa alternativa que ameaça perder-se.
( Continua a seguir )
No entanto, o debate sobre os
No entanto, o debate sobre os resultados eleitorais é parte do assunto mas não esgota o assunto.
A questão que está colocada ao bloco, parece-me muito simples de formular e muito difícil de resolver.
Partindo do princípio de que o potencial eleitorado do BE se encontra na orla esquerda do grande eleitorado que vota PS e em eleitores que se abstêm ou que votam em branco, com predominância entre os jovens, pergunta-se:
Porque o BE não conseguiu fixar este eleitorado, que para ele se transferiu há menos de dois anos atrás?
Porque é que o BE não alargou a sua implantação nestes sectores do eleitorado?
Porque é que o Bloco não alargou e a sua base de apoio social entre os precários que tão bravamente tem defendido, nos professores que tão correcta e solidariamente apoiou, nos desempregados que crescem diariamente, nos utentes do SNS cuja defesa tão coerentemente tem assumido, etc?
( Continua a seguir)
No meu modesto entendimento,
No meu modesto entendimento, por 3 grupos de razões:
1. Porque aos olhos dos eleitores se manteve fora da área das decisões e da busca partilhada de soluções, projectando uma imagem fechada a entendimentos e consensos de que o país e as pessoas necessitam.
As pessoas querem dar o seu voto a alguém que o utilize para tomar ou pelo menos influenciar decisões.
Alguém que ajude a resolver as muitas situações preocupantes que o país está a viver. Compreende-se e deseja-se que o BE seja fiel às classes sociais que pretende defender, mas não se compreende que não estenda essa defesa às diversas mesas de negociações a que têm acesso por via dos votos. O voto só para expressar uma opinião é hoje visto como um voto inútil. Os eleitores querem que os seus votos sirvam para influenciar políticas e não para se ficar cheios de razões que sem utilidade prática.
( Continua a seguir )
Tem que se adoptar uma linha
Tem que se adoptar uma linha de disponibilidade para busca conjunta de soluções desde que estas não atropelem princípios fundamentais para o BE (estrutura e eleitorado). Tem que ser assumido que o BE deseja participar em todas as instâncias onde se decide o futuro dos portugueses, porque representa parte deles. Nem que após tentar a procura de consensos tenha que assumir o falhanço das negociações e explicar as suas razões ao seu eleitorado e aderentes.
2. A segunda razão pela qual o BE não fixou o eleitorado com que cresceu em 2009, foi porque não ganhou a confiança dos eleitores chegados em 2009, nem soube apresentar um caminho viável e plausível de saída da grave situação actual em que se encontra o país. Ao apresentar uma moção de censura que muito poucos entenderam e muitos consideraram pouco responsável e inadequado.
(Continua a seguir)
(Continuação) Concorreu ainda
(Continuação)
Concorreu ainda para essa imagem de pouca credibilidade o continuar a fazer o papel de partido da crítica e ao não se destacar por apresentar propostas exequíveis. Ao não afirmar entre as suas características proeminentes a capacidade de diálogo e de promoção de consensos hoje vistos como indispensáveis para a resolução dos problemas que as pessoas mais sentem: Graves disfunções na justiça, na saúde, na fiscalidade, no arrendamento/habitação, nas pensões. Não basta denunciar os problemas como o BE muito bem tem feito. Há que consensualizar soluções com as restantes forças políticas. Se o próprio diabo aceitar contribuir para viabilizar leis que resolvam as questões do país e dos cidadãos, devemos tentar negociar com o próprio diabo para tentar resolver os problemas ás pessoas. O diálogo e a abertura são virtudes pessoais e políticas que o povo português valoriza.
(Continua a seguir)
( Continuação ) O PSD
( Continuação )
O PSD conseguiu fazer passar o seu caminho de saída para os actuais problemas do país. Um caminho doloroso, injusto, custoso para os cidadãos, mas que é um caminho plausível para as pessoas.
O BE não soube apresenta com nitidez ao seu eleitorado-alvo, um caminho plausível de saída da crise.
( Continua a seguir )
3. Finalmente, o BE não
3. Finalmente, o BE não conseguiu afirmar e projectar para o eleitorado uma outra forma – verdadeiramente alternativa - de fazer política. Confundiu-se com o estilo de outros partidos porque alinhou demasiado na diatribe , na picardia política, na pequena querela estéril, nas trocas de acusações e recriminações, no disse que disse e em geral no ruído que foi esta campanha eleitoral, fraco nível do qual não conseguiu claramente demarcar-se, fazer a diferença, ser dominantemente propositivo, ser elevado no discurso, ser construtivo e mais do que isso, apontar um caminho de saída da difícil situação actual, uma esperança de mudança para os portugueses.
( Continua)
(Continuação)Por outro lado,
(Continuação)Por outro lado, internamente, não houve suficiente consulta ás bases e a comunicação fluiu pouco nos últimos dois anos: O processo de tomada de decisão de apoiar alegre deveria ter merecido uma consulta ás bases e ulteriormente um maior esclarecimento aos votantes. Pessoalmente dou-a como exemplo de como a forma como a decisão foi tomada pode comprometer a adequação da decisão;
Para se afirmar como uma esquerda verdadeiramente alternativa o bloco tem que tornar realidade um funcionamento interno mais exigente em termos de democracia e de participação dos seus aderentes quando se trata de tomadas de decisão cruciais. (Candidatura presidencial). Isso pressupõe a criação de mecanismos de auscultação expeditos, prontos a funcionar para trazer o pensamento das bases para os dirigentes.
(Continua a seguir)
( Continuação) A diferença
( Continuação) A diferença deve começar por se fazer na qualidade e aprofundamento da democracia e da participação dos aderentes, sem o que nos tornaremos num partido como tantos outros. É difícil, dá trabalho mas vale a pena. Se somos pela democracia participativa aplicada à sociedade, então devemos começar por a praticar dentro da nossa organização para provar na prática que esse conceito fundamental é possível.
Notas finais: Apesar das críticas que aqui faço a linhas políticas e estratégicas adoptadas, quero sublinhar que vejo com clareza o muito de positivo que o BE, os seus dirigentes e grupo parlamentar têm feito. Este debate não deve ser sobre pessoas e trocas de pessoas. Deve ser sobre ideias e estratégias. Se nos limitarmos a trocas de pessoas estaremos a agir com pouca justiça e como os partidos do sistema.
( Continua a seguir )
>Para o BE ser viável e
>Para o BE ser viável e crescer, precisa de evidenciar agora duas qualidades fundamentais:
( 1.) Capacidade de realizar uma auto-analise corajosa e(
2.) Capacidade de autocorrigir a sua linha e estratégia políticas. Só para contribuir para que isso aconteça é que se justifica ter vindo aqui publicar estas palavras.
Sugestão final: Crie-se um fórum (ou vários) nos sites do nosso movimento para que flua esse caudal imenso de ideias, críticas e diálogos que há a ter acerca do nosso movimento. Esse debate deve ser a prioridade durante uns dias. Não existe nada tão importante quanto isso. Os camaradas investidos de mais responsabilidades devem estar presentes e participar com regularidade. Não podem estar ausentes. Têm que ouvir os aderentes, os simpatizantes e fazer ouvir o que pensam. Tem que haver agora essa troca saudável de ideias indispensável ao crescimento e à geração de consensos.
Vamos faze-lo, por uma nova esquerda alternativa e por uma democracia participativa.>
(Continuação / Último
(Continuação / Último trecho)
Uma Convenção, segundo o modelo das anteriores não resolverá o problema do debate interno que há a fazer. As intervenções para o grande plenário da convenção não constituem um diálogo conclusivo mas antes uma sucessão meio caótica de ideias avulsas que regra geral se ignoram umas ás outras. O fogo cruzado entre tendências e facções está a inibir a expressão individual dos aderentes e activistas.
Acredito mais na justeza de um debate a organizar a nível nacional, envolvendo todas as estruturas locais, com conclusões escritas a ser sintetizadas pela mesa nacional.
Carlos Augusto Silva, aderente 5665
Gostei de ler o comentário do
Gostei de ler o comentário do colega Carlos Silva.
Gostava de destacar o seguinte tópico:
"Se somos pela democracia participativa aplicada à sociedade, então devemos começar por a praticar dentro da nossa organização para provar na prática que esse conceito fundamental é possível."
A ideia de um debate interno, participativo, construtivo, mais focado em ideias e soluções do que em criticar pessoas ou organizações, parece um bom caminho de saída para a actual crise eleitoral dos partidos da esquerda.
A criação de grupos de debate interno para analisar as questões centrais da vida política do país parece-me uma boa forma de construir soluções mais credíveis.
Cumprimentos,
Pedro Silva
Concordo com o comentário
Concordo com o comentário "carlosilva 15 Junho, 2011 - 12:39"
A criação de um fórum na internet para a esquerda portuguesa é essencial para enriquecer o debate:
- mais fácil partilhar informação (introduzir links para artigos e relatórios, etc.)
- mais fácil compatibilizar a participação com a vida pessoal,trabalho,etc.
- mais fácil obter feedback organizado sobre diversos assuntos (com mini-sondagens, por exemplo)
Acho importante que seja só um site e que funcione bem (especialmente no que toca à organização por secções e moderação). Acho que no que toca a sites de esquerda já existe demasiada fragmentação.
Para mim há vários aspectos
Para mim há vários aspectos que justificam a caída do BE:
1ª- O apoio a Manuel Alegre que não tomou posição sobre o orçamento/PEC;
2ª- Não criticou o Governo sobre a Cimeira da NATO em Portugal;
3ª- A sua proposta de esquerda não se distinguiu claramente da do PCP;
4ª- O non-sense da moção de censura ao Governo e à oposição, como se o BE não fosse de per si uma alternativa crítica à direita;
"Não fomos capazes de contrariar esta tendência”, disse Fernando Rosas, acrescentando que “isso exigiria aliás uma grande aliança à esquerda, desde logo inviabilizada pelo PS que alinhou na negociação com a troika".
Francamente não entendo esta conclusão da Mesa Nacional. Então crê-se na ingenuidade de acreditar que o PS poderia fazer uma aliança à esquerda? Desde quando? A experiência mostra-nos exactamente o contrário.
É preciso lembrar que foi o PS que chamou o FMI, O BCE e a UE, a quem se juntou depois o PSD e o CDS, e não o contrário.
(pouco espaço para tanto a
(pouco espaço para tanto a dizer)
50% dos portugueses vivem fora das cidades. O que querem? Que haja alguém que diga que podem produzir nos seus campos que a produção será absorvida pela junta de freg. que cuidará de a colocar na distribuição. O desemprego baixaria e fixaria a população em casa sem necessidade de fugir.Simples Querem votos? pensem no país REAL
Saiam de Lisboa e pensem como
Saiam de Lisboa e pensem como o país está ao abandono e com o pessoal sem trabalho, organização precisa-se . De palheta gratuita está o povo farto por isso se está marimbando para os politicos cheios de teoria e treta e por isso não votam. Simples.
Achei muito interessante esta
Achei muito interessante esta iniciativa do Bloco que Fernando Rosas refere:
"Se a maioria de direita no parlamento inviabilizar esta proposta nós vamos constituí-la na mesma: apelaremos a especialistas de todas as tendências, activistas dos movimentos cívicos, à sociedade civil, para que seja constituída uma comissão cidadã que promova a auditoria à dívida"
Revela abertura, diálogo, receptividade a outros pontos de vista.
E contribuí para alargar o espectro de pessoas interessadas em participar no Bloco.
Aliás, esta atitude pode demarcar claramente o Bloco (pela positiva) em relação aos restantes partidos de esquerda (que geralmente são mais sectaristas e reflectem um certo dogmatismo partidário).
Um abraço,
Pedro Silva
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