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Poluição e agressões, a mesma impunidade
A Ribeira é pública, a estrada é pública e um cidadão recolhia registos de uma situação que entende dever ser denunciada. É assim em democracia. Os comportamentos identificados contra este cidadão, violentos, que poderiam ter colocado em causa a vida de uma criança são extremamente graves e configuram um crime.
Só a mesma impunidade com que se polui o ambiente, justifica esta agressão. A agressão é muitíssimo grave e espero sinceramente que as autoridades a levem até às últimas consequências.
Como têm que ser levados, até às últimas consequências, os processos contra esta empresa. Uma empresa que polui, que desobedece a vários embargos, que age como se fosse dona de uma ribeira, não pode continuar com estas práticas sem que nada aconteça. Toda a gente sabe o que se passa. Basta passar junto à Ribeira da Boa Água no Nicho, Torres Novas. O cheiro, a cor da água, as margens da ribeira, não enganam. A população é prejudicada, o Rio Almonda recebe toda esta poluição e os meses passam e nada acontece.
A Câmara e Assembleia Municipal de Torres Novas, por unanimidade, declararam o não interesse municipal nesta indústria, no final do ano passado. Nada justifica esta inércia do Ministério do Ambiente que sabe perfeitamente o que se passa.
A defesa do meio ambiente exige responsabilidade. À cidadania, que tem denunciado e alertado as autoridades, às Autarquias e ao Governo. Os interesses em causa estão bem identificados – de um lado o interesse lucrativo de uma empresa, do outro está o interesse público – o combate à poluição, a defesa da ribeira e do rio, a qualidade de vida para todos e todas. E existem leis, que alguns decidem desrespeitar. E agora, até decidem agredir de forma violenta quem se lhes opõe.
A impunidade vai continuar ou vamos colocar um ponto final nesta situação? Não são precisos mais argumentos para evidenciar a necessidade, urgente, de colocar um ponto final.
Artigo publicado em mediotejo.net
Comentários
Olá Helena
Olá Helena
Depois de ler o teu artigo e posteriormente a noticia do esquerda, julgo que deviamos tentar iniciar um processo por crime ambiental, como:
Apresentar uma pequena queixa ilustrada com as fotos do esquerda junto do Ministério Público do Tribunal de Torres Novas e solicitar que a empresa seja alvo de um processo por crime ambiental. Ora para que isso aconteça é preciso a existência de análises ao efluente em que se demonstre que a descarga rejeita um efluente em em algum valor ultrapassa o dobro do limite legal. O MP tem possibilidade de solicitar à Inspeção do Ambiente que se desloque ao local e promova a recolha de uma amostra para análise. Isto nem sempre funciona ,mas muitas vezes acontece e perante uma situação tão grave é preciso agir.
Ao dispor.
Aníbal
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