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Vítimas da ditadura querem justiça
Um inquérito de Filipa Raimundo, Sofia Serra da Silva e Joana Morais, investigadoras do Instituto de Ciências Sociais, a 131 sobreviventes da ditadura portuguesa que foram perseguidos por razões políticas (presos ou detidos, exilados, clandestinos, afastados da função pública, expulsos do sistema de ensino ou desertores). O estudo é citado pelo Público, os inquiridos têm entre 50 e os 91 anos, média de idades de 70 anos e quase 80% são do género masculino.
95% das vítimas da ditadura acham que não houve justiça na forma como foram tratados os funcionários e colaboradores da PIDE/DGS responsáveis pela repressão. As investigadoras contextualizam esta afirmação, explicando que, dos mais de 2600 processos enviados a julgamento, dois terços dos funcionários e colaboradores da PIDE foram condenados a penas que variaram entre um e seis meses de prisão. Além disso, os funcionários da PIDE que foram presos no 25 de abril foram logo libertados e fugiram do país, ou foram presos preventivamente por alguns meses, antes de terem sido libertados.
72% dos inquiridos acham que as vítimas da ditadura deveriam ter um maior reconhecimento, apesar das medidas tomadas por vários governos desde 1974 (o Público enumera algumas, como as amnistias aos desertores, a reintegração de quem foi afastado da função pública ou Forças Armadas, as subvenções mensais vitalícias dadas a quem fez trabalhos forçados no Tarrafal ou participou na revolta de 1934 na Marinha Grande ou a pensão por méritos na defesa da liberdade e democracia, que não foi dada por Cavaco Silva a Salgueiro Maia, mas que depois a atribuiu a dois agentes da PIDE).
As vítimas de perseguição por motivos políticos são contra a existência de símbolos da ditadura em espaços públicos: 51% das respostas em relação à construção de um museu sobre António Oliveira Salazar em Santa Comba Dão são negativas e 84% concordaram com a mudança de nome da Ponte 25 de abril.
Comentários
Ditadura - erros - resquícios
Seguindo este critério a GNR deveria ter sido extinta no dia em que o foi a PIDE/DGS com quem colaborou activa e estreitamente.
Ainda se vai a tempo de corrigir este erro pois em democracia não se justifica uma guarda militar pretoriana especial para se manter fechada de prevenção nos quartéis!
Que o pessoal, as infra-estruturas, o equipamento e o armamento ligeiro passem para a PSP e o armamento pesado seja entregue às Forças Armadas.
Haja coragem!
Manter a GNR e continuar a tratar a Igreja Católica como igreja de estado é dar continuidade ao regime Salazar/Caetano.
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