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Bloco rejeita recurso a FMI e UE e propõe auditoria de toda a dívida externa
Em conferência de imprensa, Francisco Louçã afirmou que José Sócrates desistiu da sua promessa mais solene e responsabilizou PS e PSD pelos sucessivos PEC, que conduziram à situação actual e a uma gravíssima recessão.
O dirigente do Bloco apontou também que o Governo desistiu de outras soluções possíveis para enfrentar as dificuldades de financiamento imediatas, de Abril e Maio. O Bloco propôs “uma intervenção que sustentasse a liquidez do Estado” através do apoio do Banco Central Europeu (BCE) por via da Caixa Geral de Depósitos, que o Governo não aceitou. O Governo do PS também não aceitou uma segunda proposta feita pelo Bloco: a “acção conjugada dos países ameaçados” em relação à UE, “que os empurra para o abismo”.
Francisco Louçã criticou os sucessivos PEC que agravaram a situação do país e os ataques especulativos, mostrando um gráfico (ver gráfico) em que se relaciona os PEC com os juros da dívida e que comprova que a cada PEC os juros da dívida cresceram sempre. Este facto mostra também, que Sócrates não tem razão ao justificar o aumento dos juros com a não aprovação do PEC IV.
Francisco Louçã apresentou as propostas do Bloco, perante o novo contexto do pedido de intervenção ao FEEF-FMI, exigindo uma auditoria de toda a dívida externa, pública e privada. A auditoria visa determinar a reestruturação da dívida – dos prazos e das condições - e a recusa das parcelas inaceitáveis, nomeadamente as derivadas de juros excessivos.
O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda afirmou que o partido não desistirá da consolidação orçamental, defendendo uma reforma fiscal, em combate à evasão fiscal, e a renegociação das Parcerias Público-Privadas.
Francisco Louçã apelou à mobilização social e alertou também contra as ameaças de cortes de serviços públicos essenciais, de pensões e salários, nomeadamente contra possíveis ataques contra os 13º e 14º meses.
Comentários
Senhor Doutor, Francisco
Senhor Doutor, Francisco Louçã, em relação e com relação à dívida portuguesa e à imposição de um empréstimo (o baylout como os mercados tanto adoram) para remunerar os credores, isto teria de vir a acontecer. Não porque fosse irremediàvelmente necessário, mas sim porque, se apresenta como compulsivamente imprescindivel, para que o dominio dos "mesmos", perdure sobre os "demais", onde me incluo. Entende o velho jogo não entende? Estou convicto que sim.
A TER, tem mesmo uma unidireccionalidade. Flui irracionalmente dos pobres para os ricos; de quem mais precisa para quem pode passar sem necessidades, mas tanto as fomenta.
Este propósito de desfacelamento dos quadros nacionais e suas soberanias, surge da fluidez das fidelidades e atomização das políticas externas. Entramos - entra a europa -, num processo de desagregação sem fim!
Quando as soberanias são postas em causa, o mundo torna-se menos inter-"nacional", se é que me faço perceber.
Continuem o vosso bom trabalho.
banca empresta o dinheiro que
banca empresta o dinheiro que não tem!
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