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Bloco contra bombardeamentos à Líbia

Francisco Louçã declarou que “a esquerda que responde por princípios contra as agressões militares não pode aceitar nunca uma lógica de violência como aquela que se abate sobre a Líbia”.
Líbia, edifício da residência de Kadhafi bombardeado – Foto Mohamed Messara/Epa/Lusa

O coordenador da comissão política do Bloco pronunciou-se, numa sessão do Bloco em Santo Tirso, contra os bombardeamentos à Líbia por considerar que “bombardear um país árabe significa incendiar o Mundo Árabe” e defendeu que Portugal tem de “ter uma política de paz”.

Segundo a agência Lusa, Francisco Louçã lembrou a ideia base do Futurismo, “criado por um grupo de artistas ligado à direita”, que defendia que “a guerra era bela, que as máquinas de guerra são belas e que a destruição da guerra é a beleza dos tempos”. Para Louçã é espantoso que depois do “drama” das guerras que “marcaram o século passado” e do que se sabe sobre o “rasto de destruição dessas guerras” se continue a achar “belo que mísseis cruzeiros sejam disparados contra um país”.

O dirigente do Bloco afirmou que “a guerra nunca pode ser uma solução” e lembrou que “quem agora ataca a Líbia” no passado apoiou “déspotas como Kadhafi, Ben-Ali e Mubarak”.

Em relação à posição de Portugal, Louçã criticou “não esqueçamos que a Força Aérea Portuguesa foi a Tripoli comemorar os 40 anos do regime de Kadhafi e que Luís Amado estava na tenda de Kadhafi a cumprimentar o ditador” e defendeu que Portugal deve agir com “sensatez”:

“Nós temos que ter a sensatez das políticas da paz, de sair da lógica de incendiar”, afirmou.

Louçã defendeu que “uma invasão ou bombardeamento por países europeus ou dos Estados Unidos a países árabes significa incendiar o mundo árabe”.

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