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“Não será pelo Bloco que a direita conseguirá formar governo”
“O Bloco de Esquerda teve hoje o seu melhor resultado eleitoral de sempre. Temos mais votos, mais mandatos e mais força do que nunca. Aceitamos a responsabilidade que o voto popular nos confere”, afirmou Catarina Martins na declaração da noite eleitoral, numa altura em que os resultados parciais apontam para uma percentagem próxima dos 10%.
Num comentário ao resultado da coligação de direita, Catarina sublinhou que ela “perdeu votos e perdeu mandatos”. “Se não tiver maioria, não será pelo Bloco de Esquerda que conseguirá formar governo. Uma coligação de direita minoritária não será governo em Portugal se a democracia não lhe der uma maioria”, prometeu a porta-voz do Bloco, garantindo que “o Bloco vai cumprir a sua palavra”.
E no cenário de não haver maioria absoluta de direita, “se o Presidente da República, por filiação partidária ou pouca atenção aos votos, convidar a direita para um governo, saiba que o Bloco, como é um partido de palavra, vai rejeitar no parlamento essa possibilidade”, prosseguiu Catarina, dizendo esperar “a resposta dos outros partidos” quanto a esta clarificação.
“Do que Portugal precisa é de um plano de urgência que junte forças, de curar as feridas da pobreza, de investimento para emprego, aumentar o salário mínimo e afastar as ameaças às pensões. Precisa da tranquilidade e da certeza de que faremos o nosso melhor contra a chantagem financeira. A dívida deve ser restruturada para que haja saúde pública, escola de qualidade e estabilidade nas pensões”, afirmou Catarina Martins.
Antevendo os “dias e anos difíceis” que se avizinham, em que o país vai ouvir falar muito “de crise política, de jogos de influência e de arranjos”, Catarina quis deixar uma mensagem clara aos eleitores que deram o melhor resultado eleitoral ao partido: “o Bloco nunca esquece o essencial: a crise social e as dificuldades da vida das pessoas”.
“Quero dar-vos a mais solene das garantias: o Bloco de Esquerda não desiste de Portugal, não desiste de quem trabalha ou trabalhou toda uma a vida. É preciso firmeza e cabeça fria quanto ao essencial. E o essencial é o emprego”, resumiu.
Numa nota pessoal no fim do discurso, Catarina agradeceu “de todo o coração” aos ativistas do Bloco “que fizeram uma campanha extraordinária” e aos deputados do Bloco que terminaram o mandato: João Semedo, Luís Fazenda, Cecília Honório, Helena Pinto e Mariana Aiveca. “Foram notáveis e continuamos a contar todos os dias com eles”, concluiu.
Comentários
Parabéns aos camaradas desde
Parabéns aos camaradas desde o Chile!!
Agora, mesmo correndo o risco de vomitar, será preciso e urgente fazer um acordo com o PS sobre 3 ou 4 das nossas prioridades. Caso contrario, e conhecida a força da direita ao interior do PS, será lançar este nos braços do PSD. E seremos expectadores da continuação da destruição de Portugal por mais 4 anos.
Em qualquer caso, devemos por TODOS os médios, de impedir governar novamente os representantes em Portugal da banca alemã.
Lembram-se de "A Política: a
Lembram-se de "A Política: a Grande Porca"?
Só nos faltava agora termos lutado tanto para no final nos juntarmos àqueles que ajudaram a trazer o nosso país até ao seu atual estado.
Ou será que o Bloco quer tanto governar que se olha para o lado ou molda alguns dos seus valores e ideais?
Acham realmente que uma coligação PS-BE é coerente e funcional?
Afinal esta vida e este nosso Portugal nunca param de me surpreender. Acho que estou prestes a perder todas as esperanças que me restam de algum dia regressar a Portugal... É cada vez mais doloroso o simples fato de procurar notícias sobre a minha pátria.
Espero que vocês, líderes do único partido que parecia ser a verdadeira alternativa, consigam dormir em paz com as vossas consciências.
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