Está aqui
Novo movimento: SOS-SNS
Nas horas de maior sofrimento e constrangimento social! Nas horas mais violentas em que nos roubam a vida aos poucos e nos condenam à incerteza de um futuro com avisos de austeridade. Em horas de aumento de impostos e cortes salariais para tod@s. Em horas de maior desigualdade, com gestores milionários e licenciados a pedinchar comida em casa dos pais. Em horas de hipocrisia, em que figuras sinistras que durante anos foram cumplices de crimes de pedofilia são adoradas na rua e recebidas com honras de chefes de estado.
É em horas como estas que, por vezes, surgem pequenos fôlegos de esperança, pequenas esperanças de grandes alentos. Esta semana apareceu um blog novo, feito por profissionais de sáude em busca de um SNS mais justo e mais solidário. Ele moram em www.sos-sns.net e prometem dar que falar no futuro. A minha crónica esta semana é dedicada inteiramente a este novo movimento, por ora internético mas que pretende alargar-se, e transcrevo o seu manifesto que pode ser lido on-line:
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem mais de 3 décadas e muitas conquistas. Foi a sua criação que permitiu tirar Portugal das listas negras da mortalidade infantil, aumentar a esperança média de vida em mais de duas décadas, disseminar a higienização do quotidiano a toda a população, diminuir drasticamente a prevalência de tuberculose, levar médicos/as e enfermeiros/as ao interior mais isolado do país, criar um plano nacional de vacinação para todas as crianças e trazer para Portugal o conhecimento científico mais avançado e a melhor tecnologia colocados ao serviço dos cuidados de saúde públicos. O SNS é uma conquista de Abril, da Liberdade e é, a par da escola pública, o mais importante instrumento de democracia que temos.
Outrora classificado pela OMS como o 12º melhor sistema de saúde do mundo, está hoje na mira dos interesses económicos e políticos que o querem ver destruído. Ano após ano, o orçamento da saúde distancia-se das reais necessidades deste sector - é o sub-financiamento crónico do SNS que dificulta, em primeiro lugar, o seu desenvolvimento. Faltam profissionais e os que existem estão sobrecarregados e mal-pagos. Grande parte dos médicos mais experientes - que faziam parte dos quadros dos hospitais públicos - já fugiram para a medicina privada, falta material em muitos serviços, faltam melhores instalações e condições em muitos hospitais. As acessibilidades são cada vez mais sinuosas, acumulam-se famílias sem médico e utentes em espera para uma cirurgia. Faltam cuidados continuados e cuidados paliativos que respondam ao crescente envelhecimento da população. Aumenta exponencialmente o número de contratados a prazo nas unidades públicas de saúde e o número de profissionais que ficam afastados da sua carreira.
Actualmente só ganha quem se aproveita das debilidades do SNS: o sector privado - crescem os hospitais privados e as seguradoras e com eles cresce a desigualdade no acesso à saúde: quem quer saúde paga-a!
Não queremos cuidados de saúde para pobres que não podem aceder aos serviços privados, num SNS sub-financiado, cada vez com menos profissionais, menos resposta às necessidades e, do outro lado, uma medicina para os ricos, nas unidades privadas de saúde, abundantes em recursos tecnológicos e em luxo, excluindo pelo preço quase toda a população.
Nós escolhemos outro caminho, porque não aceitamos este ataque a um dos pilares básicos da democracia, solidariedade e justiça social.
E sabemos como o queremos trilhar: com o Serviço Nacional de Saúde, a única forma justa de fornecer cuidados de saúde à população, garantindo equidade no seu acesso. Só um SNS com investimento, com recursos, com profissionais valorizados, melhor equipado e organizado pode garantir algo que a medicina privada nunca fará: igualdade na saúde! Democracia na vida!
Com a emergência e a inquietação das grandes causas: SOS-SNS!
Comentários
Assunto: virose
Assunto: virose
Chamo-me João Luís Janeiro Pombo, nasci na Freguesia da Ajuda Lisboa, a 25 de Outubro de 1948. Foi fazer um exame aos joanetes, o médico disse-me que tinha que ser operado, a um pé de cada vez, fez aos dois. Acontece quando a cordeie da anestesia qual foi o meu espanto tinha os dois pés ligados, ou seja ambos operados, e não só apanhei no hospital de Santarém uma virose; o bloco operatório estava em obras.
Na operação foi efetuada nuns contentoras, esses contentores estavam contaminados. Já fui nove vezes operado e não vejo solução nenhuma, Fui obrigado abandonar o meu trabalho por razão de saúde. Há seis anos que ando nisto, hospital casa; não posso fazer nada, estou confinado á isolação e ao repouso e ando traumatizado.
Sabem o que é durante cinco anos 24hoo cheio de dores, caminho de canadianas e mal, de casa para a ambulância, da ambulância para o hospital, em casa tenho que estar deitado estou a ficar sem forças. Tenho o tendão do pé á mostra. E ainda por cima a enfermeira poe-se a raspar o tendão dizia que era o ossos, mas na verdade era o tendão, ainda foi gravar mais a situação. Eu na verdade não vejo este problema resolvido.
O médico já me fala que tem que cortar o dedo já viram a minha situação, os médicos fazem os erros e ainda por cima ao fim de cinco
anos querem-me amputar o dedo se calhar quando eu acordar da anestesia em vez de ser o dedo amputam-me o pé. Já perdi a confiança com estes caras.
Foi operado no hospital de Santarém, os médicos erram e os pacientes é que pagam e ninguém é culpado. Ninguém quer ser responsavel, isso é demasiado grave.
Os hospitais andam contaminados, alguém tem que ser responsável?!
Não fui só eu que apanhei essa virose como também á mais quatro paciente contaminados. Há 12 Anos que a Dona Amelia fez uma operação a uma anca também apanhou uma virose e esta na mesma situação ou pior do que eu.
Os médicos do Hospital de Santarém já não se entendem com o meu problema, mandaram-me para o hospital de São José em Lisboa, e o hospital de São José, já adiou por três vezes a consulta. Eu não vejo o fim do meu problema.
Se eu fosse uma figura pública o caso já estava resolvido, mas como sou um simples trabalhador estou a ser posto de lado.
Com os meus melhores comprimentos
João Luís Janeiro Pombo
Cartaxo, 08 de maio de 2015
PS:… Já enviei há dois anos ou há mais uma carta idêntica a esta, para o programa da TVI “Fátima Lopes” A tarde é sua” ninguém ligou nenhuma á minha situação.
Adicionar novo comentário