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Ministra da Justiça quer ver canábis legalizada em Portugal

Em entrevista à TSF, Paula Teixeira da Cruz defendeu que a legislação portuguesa deve avançar no sentido do que já está a ser feito nos Estados Unidos.
Foto PSD/Flickr

A ministra da Justiça juntou este fim de semana a sua voz aos que defendem a despenalização do consumo de canábis e a sua venda controlada no circuito legal. Para Paula Teixeira da Cruz, se a canábis estiver disponível para venda legal, por exemplo nas farmácias, “haverá ganhos para os cidadãos” e menos espaço para o branqueamento de capitais e a criminalidade organizada.

“Está demonstrado que a repressão e a proibição levam a que se pratiquem, não só esses crimes, mas crimes associados», defendeu a ministra, concluindo que “nesse contexto, é óbvio que há vantagens” em despenalizar o consumo e legalizar a venda controlada de canábis.

Em Portugal, apenas o Bloco de Esquerda apresentou no parlamento projetos de lei propondo modelos de legalização. O último foi em 2013, com a proposta de criação de clubes sociais, à semelhança do que existe em Espanha, Bélgica e Suíça, um modelo que retira a vertente comercial da venda de canábis e em que apenas os associados desses clubes podem adquiri-la.

Nos Estados Unidos, em muitos estados a canábis já é vendida em estabelecimentos autorizados para fornecer  a planta sob receita médica. Mais recentemente, os cidadãos têm aprovado em referendo ao nível dos estados o alargamento da venda a cidadãos maiores de idade, para uso pessoal e sem depender de prescrição médica.

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