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Vistos gold: Coordenadora do Bloco critica “porta para as negociatas mais perigosas e opacas”

Catarina Martins afirma que o escândalo dos vistos gold prova que “eram uma porta para as negociatas mais perigosas e opacas” e sublinha que “não precisamos de negociatas imobiliárias opacas que não criam um único posto de trabalho e servem para dar vistos a alguns milionários, cujas fortunas ninguém sabe muito bem qual é a origem”.
Catarina Martins sublinha que “não precisamos de negociatas imobiliárias opacas que não criam um único posto de trabalho e servem para dar vistos a alguns milionários, cujas fortunas ninguém sabe muito bem qual é a origem”

A coordenadora do Bloco afirmou nesta quinta-feira no Porto:

“Hoje, vivemos em Portugal um dia marcante. Hoje sabemos que estão em investigação altos quadros dos mais diversos Ministérios ligados a uma eventual rede de corrupção dos ‘vistos gold’. Sobre a corrupção, os tribunais terão naturalmente o seu trabalho a fazer, mas isto prova o que o BE disse até agora”.

Catarina Martins falava no Porto numa sessão com o tema “Orçamento do Estado para 2015 - Emigração e Futuro”.

Segundo a agência Lusa, a coordenadora do Bloco considerou que a situação atual “prova que os ‘vistos gold’ eram uma porta para as negociatas mais perigosas e opacas” e criticou o governo por ter justificado a atribuição destes vistos com o objetivo de captar investimento externo.

“A cereja com que o Governo acenava, que seria investimento para criar emprego, essa não se verifica. O emprego criado pelos ‘vistos gold’ é até agora zero. Não precisamos de negociatas imobiliárias opacas que não criam um único posto de trabalho e servem para dar vistos a alguns milionários, cujas fortunas ninguém sabe muito bem qual é a origem”, sublinhou.

“Diz o Governo que nós precisamos é de investimento externo. E vamos olhar para os números do INE [Instituto Nacional de Estatística]. Diz o INE que o único ou mais relevante que apareceu de investimento externo em Portugal é o do chamado ‘visto gold’. Mil milhões de euros que entraram em Portugal através de ‘vistos gold'”, referiu a coordenadora do Bloco e disse que, desses mil milhões, 900 foram para investimento imobiliário e 100 milhões para transferências bancárias.

“Criação de emprego? Zero”, concluiu Catarina Martins.

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