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Ofensiva israelita ultrapassa 600 mortos, um quinto são crianças
Israel ataca escola da ONU
Esta terça feira, uma escola da agência da ONU para refugiados palestinianos (UNRWA) foi atingida por disparos israelitas atirados a partir de tanques militares no terreno, segundo anunciou a Agência da ONU para ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA).
Em declarações à France Presse (AFP), um responsável pela agência afirmou que uma equipa da ONU estava no local na altura do ataque.
A agência Efe refere que a escola servia de refúgio para cerca de mil pessoas, contudo, não terão sido registadas vítimas, já que o diretor tinha ordenado a retirada das pessoas do local devido à falta de segurança.
As crianças são o principalmente alvo do massacre
Em 15 dias de conflito, a ofensiva militar israelita já causou mais de 600 mortos e cerca de 4 mil feridos. Entre as vítimas mortais encontram-se 121 crianças, 80 das quais com menos de 12 anos, segundo avança a Unicef. Esta agência acrescenta ainda que pelo menos 904 outras crianças ficaram feridas.
A Unicef calcula que cerca de 107 mil crianças de Gaza estão traumatizadas por sequelas dos bombardeamentos e da perda de familiares e das suas habitações.
Desde o início da operação, contam-se 27 mortes entre os soldados israelitas. Os rockets lançados pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza terão causado ainda duas mortes entre os civis, um israelitas e um beduíno.
“Não há um único espaço que seja seguro para os civis” em Gaza
Ao arrepio do direito internacional, o Exército israelita prossegue com o massacre da população palestiniana, bombardeando dezenas de edifícios civis, mesquitas e escritórios de agências noticiosas.
Na segunda feira, o alvo da ofensiva foi um hospital. Deste bombardeamento resultaram pelo menos quatro mortos.
Já na terça feira, a par do ataque contra a escola da ONU, Israel lançou uma ofensiva contra o prédio da Al-Jazeera, obrigando os funcionários a fugir.
“Literalmente, não há um único espaço que seja seguro para os civis”, afirmou o porta-voz de Assuntos Humanitários da ONU, Jens Laerke.
Mais de 100 mil pessoas já foram obrigadas a deixar as suas casas. O porta-voz da UNRWA na região, Chris Gunness, alertou para o facto de os habitantes de Gaza não terem para onde ir, na medida em que o Egito fechou a fronteira. “Estamos a ser testemunhas de uma enorme e acelerada onda de refugiados devido à ofensiva terrestre israelita”, frisou.
O Hamas continua, entretanto, a lançar rockets que, na sua grande maioria, são imediatamente neutralizados pelo sistema anti-mísseis israelita.
Após o lançamento de um rocket para uma zona perto do aeroporto internacional de Ben-Gurion, em Israel, as grandes companhias aéreas internacionais como as norte-americanas Delta, American Airlines, US Airways e United Airlines; a francesa Air France e a alemã Lufthansa anunciaram a suspensão imediata de todos os voos para Tel Aviv.
Contra o massacre da população palestiniana
Numa carta enviada esta terça feira aos líderes dos grupos parlamentares, o Comité de Solidariedade com a Palestina e o Grupo Acção Palestina apelam “a que os deputados portugueses, seguindo o exemplo unânime do parlamento chileno, se manifestem contra o massacre da população civil palestiniana e a ocupação da Palestina e, tal como um conjunto de cidadãos israelitas o fizeram através de uma carta dirigida à UE, apoiem as condições da trégua propostas pelo Hamas”.
“A violência e a morte intensificaram-se nos últimos dias em Gaza, culminando num massacre, em nome de um direito de auto-defesa do Estado de Israel. Esta suposta ação de 'defesa' é na verdade um ataque indiscriminado e genocida à população civil palestiniana, que já matou em poucos dias centenas de civis - homens, mulheres e muitas crianças”, referem as duas organizações.
o Comité de Solidariedade com a Palestina e Grupo Acção Palestina Portugal defendem que “Portugal, como Estado democrático que aderiu à Carta das Nações Unidas e munido de princípios constitucionais de cariz humanitário, deveria usar todos os meios ao seu alcance para parar o crime de guerra que está a ser cometido pelo exército e o governo israelitas”.
“O parlamento português deveria recusar-se a que o povo português pactue pelo silêncio e a inércia com os massacres repetidamente cometidos em Gaza e de forma geral com a opressão de um povo cuja vida tem vindo a ser sequestrada pelos sucessivos governos de políticas sionistas devastadoras desde 1948”, acrescentam.
Esta sexta-feira, dia 25, as organizações vão juntar-se à concentração da CGTP, pelas 10h30, em São Bento, frente à Assembleia da República, “para apoiar a população de Gaza contra os massacres do exército israelita”.
Comentários
"As crianças são o
"As crianças são o principalmente alvo do massacre"? Mesmo que isto fosse português, como é que 20% de um grupo pode ser considerado o alvo principal?
Excelente noticia, mais uma
Excelente noticia, mais uma vez a favor do Grupo Islâmico HAMAS . Considerado por montes de organizações um grupo terrorista.
vamos a ver... escola da ONU é atingida.
No entanto, nem uma criança lá estava.. todas tinham ido para abrigos.
Quem sabe o que são Rockets (misseis pequenos), sabe que estes são moveis.
Quem sabe que os soldados do Hamas andam todos vestidos a civil, andam pelo meio da população.
Quem sabe que o Hamas esconde Rockets, Munições, dentro DAS CIDADES . Lança ataques dentro das cidades.
Concluiu... O HAMAS lançou mais um Rocket, de dentro de uma Escola. O director desta, internacional, vendo os Rockets (moveis) a chegar, calculou que ia haver estragos, e mandou as crianças embora.
Foi o que aconteceu.
tenho muita pena por todos os
tenho muita pena por todos os Mortos, de ambos os lados do Conflito.
Mas porque o Hamas , começa sempre as guerras ?
Dantes era a OLP, agora é o Hamas.
Porque o Hamas, não quer cessar-fogo, ataca logo a seguir Israel com 100 Misseis Moveis (rockets)?
Esta na ALTURA, do Hamas não querer mais mortes de palestinianos, e não começar Guerras.
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