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Deputados do Bloco abandonam plenário da AR em protesto
Confrontado pela coordenadora do Bloco com promessas feitas e não cumpridas, Passos Coelho “amuou” e recusou-se por duas vezes a responder. Catarina Martins lembrou a presidente da AR que é dever do primeiro-ministro responder às questões dos deputados.
“Temos mesmo um problema de palavra”, disse Catarina Martins na sua segunda intervenção. “Porque há cinco meses o PSD chegou aqui ao Parlamento e disse 'Vamos reduzir os impostos às famílias'. E depois faz um Orçamento que prejudica a vida das famílias. E agora o sr. Primeiro-ministro vem fazer propaganda no seu Congresso e diz 'Ai, a natalidade é importante!'.”
E sublinhou a coordenadora do Bloco: “O problema do debate político é que a sua palavra não vale nada”.
E concretizou a deputada: “Disse aqui que não podemos voltar ao nível salarial e ao nível de pensões de 2011. Ou seja, o sr. primeiro-ministro tem um problema de palavra e tem um problema constitucional. Porque os cortes nos salários e nas pensões foram feitos durante estes três anos sempre com a desculpa de que eram medidas pontuais por causa do programa de ajustamento. Medidas pontuais durante a vigência da troika.” E prosseguiu: “Foi isso que o sr. Primeiro-ministro veio cá dizer e agora, afinal, desdiz. O que era pontual é afinal permanente.”
Problema constitucional
Catarina Martins lembrou que o Tribunal Constitucional autorizou cortes nos salários e nas pensões porque eram transitórios. “E portanto o que o sr. Primeiro-ministro vem cá dizer é que não só a sua palavra não vale – o que era pontual é permanente – como quer ir contra a Constituição e tornar permanente o que já lhe disseram que só podia ser transitório”.
E perguntou a Passos Coelho: “É no documento de estratégia orçamental de 15 de abril que vamos ficar a conhecer a pancada mais forte que prometeu no Congresso?”
Passos Coelho respondeu então, dirigindo-se à presidente da AR: “Dado o valor que a minha palavra tem para a sra. deputada, ela não estará à espera com certeza de nenhuma resposta.
Diante do silêncio, Catarina Martins prosseguiu: “Vejo queo sr. primeiro-ministro, à falta de argumentos, prefere ficar calado”.
Comentários
E uma pessoa que a tem
E uma pessoa que a tem deveria defende-la e fazer a sua demonstracao no seu direito de resposta. mas na realidade, contra factos nao ha argumentos e contra o facto deste PM ser uma aldrabao, nao existe argumentacao possivel; o silencio e' reconhecimento cabal disso mesmo.
Uma deputada que diz que a
Uma deputada que diz que a palavra do Primeiro Ministro não vale nada certamente não estará interessada na resposta, pelo que não tem direito a ela. Lógico para qualquer pessoa.
Grande mulher! Estou
Grande mulher!
Estou contigo.
Muita força!
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isto é o que sechama de volta ao princípio
grande mulher a catarina
grande mulher a catarina martins!! Disse aquilo que tinha que ser dito
que o homem não tem palavra é um facto mas que com essa falta de palavra se tenha arrastado um pais inteiro para a miséria não é certamente uma brincadeira..Por isso a catarina martins esteve muito bem e trouxe para o bloco de esquerda aquele fulgor que as intervenções do francisco louça nos tinham habituado...continue e força!!!
Sim, claro, se a palavra do
Sim, claro, se a palavra do PM não vale nada, não se espera que diga algo. Simplesmente, um aldrabão não deve ser PM, logo não está a fazer nada como tal. Assim como também não se deve ter bandidos no partido a dar pontapés propositadamente a jornalistas.
Muito bem, Catarina Martins.
Muito bem, Catarina Martins. Sou sua fã. Sabe disso.
Devia ser obrigatório a Assembleia da República ser constituída por mulheres como a Catarina Martins.
Portugal seria um país a sério.
Obrigada, por ser como é. Pelo menos temos alguém na Assembleia em quem podemos confiar.
Sinceramente pasmo com o
Sinceramente pasmo com o género de comentários que são feitos, por algumas pessoas, em determinadas ocasiões e diversos jornais e ou "blogues".
Este governo e o seu primeiro-ministro não merecem credibilidade alguma. Mentiram antes das eleições, mentiram no inicio da governação e continuaram a mentir ao longo destes 3 anos de mandato.
Argumentaram que os sacrificios tinham de ser feitos em prol de um Portugal melhor e da recuperação da economia e diminuição do défice público.
1 - Os portugueses não estão a viver melhor na sua esmagadora maioria.
Nunca houve tanto pedido de ajuda para comer como hoje em dia. Nem
tantas dificuldades para fazer face às despesas correntes e
essenciais.
2 - A economia não cresceu (ao contrário do que nos querem fazer crer).
Houve algumas (poucas) exportações que efetivamente cresceram mas..
o aumento do desemprego não teve paralelo nos anos mais recentes.
3 - A Educação, a Saúde e a Segurança Social (defendidos na Constitui-
ção Portuguesa) estão a sofrer cortes brutais.
3 - A emigração superou já os indices dos anos 60. E continua a
aumentar a um ritmo constante. E que irá ter efeitos nefastos na
receita da Segurança Social daqui a uns anos e no próprio desen-
volvimento do país.
4 - O PIB continua a aumentar.
5 - Os juros da dívída vão repercutir-se nas próximas gerações e vão
continuar a fazer depender Portugal da ajuda externa (financeira/
bancária).
Perante um cenário como este os seus responsáveis deveriam ser julgados em tribunal. E serem proibidos de exercerem mais cargos politicos.
A destruição do país não é ficção... É uma realidade muito preocupante!
António Serra
Muito bem Catarina
Muito bem Catarina Martins....finalmente estamos a voltar à combatividade que já parecia abandonada.
Intervenções curtas, combativas, verdadeiras e que exigem respostas.
Que saudades da F.Louçã, dos melhores tribunos que passaram pela AR.
Como este pm não passa de um vendedor de banha da cobra, ficou entalado e de facto nada tinha a responder perante as mentiras que tem feito ao povo português.
Alguém duvida que a palavra deste pm nada vale???
Entalámos o rapazola do p.coelho que quis imitar o ressuscitado ex-dr relvas que quando questionado, nada respondia.
Só foi pena que os outros partidos da esquerda? não tivessem seguido o exemplo do BE (com honrosas excepções) pq assim deixariam o governo e os partidos que o apoiam a falar sozinhos.O problema do PCP e do PS foi que os seus controleiros não tiveram tempo para pensar e cobardemente nada fizeram aliás como sempre que há lutas....consolida...consolida.
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