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Morreu mais uma vítima de praxe académica em Beja

Cristina Ratinho, de 26 anos, entrou em paragem cardiorespiratória durante um ritual de praxe há um ano. Nunca recuperou e acabou por falecer no dia 30 de agosto. A direção do Politécnico de Beja reúne segunda-feira com a proibição das praxes na agenda.
As praxes académicas em Portugal continuam a somar vítimas mortais, sem que as instituições ponham um travão a este tipo de rituais. Foto soniart/Flickr

Foi a 26 de setembro do ano passado que Cristina Ratinho se sentiu indisposta durante a praxe no Instituto Politécnico de Beja (IPB). Na altura, segundo relata o Jornal de Notícias, a direção admitiu que "existiram excessos" e que foi "obrigada a chamar à atenção" os alunos envolvidos, suspendendo as praxes do curso de Gestão. 

A seguir às tonturas e indisposição, Cristina entrou em paragem respiratória e esteve internada nos Cuidados Intensivos do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, sendo depois transferida para o internamento de Medicina. Muito tempo depois foi transferida para o Centro de Reabilitação de São Brás de Alportel, em Faro, onde permaneceu com total dependência de terceiros. Foi depois transferida para a Unidade de Cuidados Continuados de Casével, em Castro Verde, onde veio agora a falecer.

O presidente do IPB afirmou ao JN que no dia 9 "há uma reunião da presidência, onde será tomada decisão de manter ou acabar com as praxes". Cristina Ratinho, natural de Alenquer, deixou uma filha de quatro anos de idade.

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