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Morreu o jornalista e escritor Guilherme de Melo
Nascido em Lourenço Marques (atual Maputo), no dia 20 de janeiro de 1931, Guilherme de Melo ingressou no jornalismo em Moçambique. Após ter-se mudado para Lisboa, em outubro de 1974, foi trabalhar para o Diário de Notícias, em 1976, onde terminou a sua carreira 20 anos mais tarde.
Escreveu dezena e meia de livros, como A Estranha Aventura: contos (1961), a sua primeira obra, e Menino Candulo, Senhor Comandante (1974), Os Leões Não Dormem Esta Noite (1989) e Crónicas de Bons Costumes (2004). Alguns dos seus livros versam sobre temas da vivência homossexual, como Sombra dos Dias (1981) ou Gayvota: um olhar (por dentro) da homossexualidade (2002).
Guilherme de Melo chegou, segundo divulga o dezanove (portal de notícias e eventos que reflecte o dia-a-dia da temática LGBT em Portugal e no mundo), a casar com uma mulher, mas solicitou a anulação do matrimónio por sentir que não podia viver senão como homossexual.
Numa entrevista ao jornal i, Guilherme de Melo afirmou que nunca conseguiu esconder a sua orientação sexual. "A maioria dos gays funciona em gueto. Eu nunca o consegui. Tanto que não pertenço nem à Opus Gay nem à Ilga nem a nada disso. Conheço e apoio, mas não pertenço", avançou, recordando que ele e o seu companheiro foram o primeiro casal homossexual a ir à televisão.
O programa, gravado em 1982, era dedicado à homossexualidade e contava ainda com a presença de um padre, um psicólogo e um psiquiatra e uma mãe de família.
Comentários
Amigo Guilherme de Melo,
Amigo Guilherme de Melo, desejo e peço a Deus, que descanse em Paz, junto Dele.Meu Pai, se ainda estivesse entre nós, também desejaria, pois admirava-o e tinha muito respeito.
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