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Madeira: Convergência para a mudança!
Desde finais do século passado que o Bloco de Esquerda tem defendido a necessidade de construir alianças políticas e sociais que, na Madeira, acabem com a prepotência jardinista e permitam a necessária alternância democrática. Não raras vezes, lançámos reptos às Esquerdas regionais para construirmos convergências autárquicas, sobretudo no Funchal, onde uma eventual derrota do PSD seria uma machadada no absolutismo jardinista e o primeiro passo para a tão almejada queda do poder regional que, desde 1978, usurpa a Autonomia e espezinha a Democracia nesta parte de Portugal. Passados todos estes anos, volta a colocar-se a hipótese de convergências eleitorais que possam constituir-se como pólos aglutinadores de vontades de milhares de eleitores que anseiam por uma mudança política na Região. O PSD, que sempre deteve o poder regional desde o início do regime autonómico, instalado nas 11 Câmaras Municipais da Região pode, finalmente, sofrer derrotas de peso se as oposições quiserem e souberem aproveitar as fraquezas dos sociais-democratas, partidos a meio por guerras de poder interno. Interpretando o sentimento de uma maioria, que nas eleições regionais deu mais votos às oposições que ao PSD, o Bloco Madeira, na sua IVª Convenção Regional, decidiu empenhar-se na construção de uma “uma alternativa política à do PSD, que deverá ser corporizada por candidaturas conjuntas (das oposições), ou pelo apoio conjunto a candidaturas independentes, no ato eleitoral de 2013, numa tentativa de conquistar a autarquia funchalense e outras autarquias da região”1. Numa altura em que o CDS decidiu avançar com candidaturas próprias, a todas as autarquias madeirenses, para tentar ser o último fôlego do PSD/M e criar uma alternativa de Direita (sem Jardim mas com Miguel Albuquerque!), é responsabilidade da Esquerda madeirense, e sobretudo do Bloco, contribuir para a construção de uma alternativa política ampla e abrangente. Essa alternativa deverá congregar variados sectores partidários da oposição ao regime e muitos independentes que queiram (re)construir a Democracia Local, resolver os problemas dos munícipes e resgatar a Autonomia aprisionada pelos interesses da Direita regional. Essa alternativa deve construir-se com todos: com Movimentos e Cidadãos empenhados na construção democrática da Autonomia, com o Bloco, com o PCP/Madeira, com o PS/Madeira e com todas as outras forças partidárias de oposição democrática existentes no espectro político regional. Convergir para Vencer! Convergir para Mudar! Pela Madeira e pelos madeirenses! Pela Autonomia e pela Democracia!
Comentários
A dado passo do artigo do
A dado passo do artigo do camarada Roberto Almada pode ler-se "O PSD, que sempre deteve o poder regional desde o início do regime autonómico, instalado nas 11 Câmaras Municipais da Região", o que leva o leitor a concluir que o PSD/M sempre dominou todas as CMs da Região.
Tal não corresponde à história da luta da esquerda revolucionária nesta Terra contra o regime Jardinista.
Nas Eleições Autárquicas de 1989, após a UDP ter eleito um Grupo Parlamentar de 3 Deputados para a Assembleia Regional em 1988, a UDP ganha a CM de Machico ao PSD/M e decide com o seu apelo ao voto no PS na lista da CM da vitória deste Partido na CM do Porto Santo. Só não houve derrota do PSD na CM do Funchal porque o PS optou por ficar com o CDS na Coligação "Pelo nosso Funchal", excluindo qualquer entendimento com a UDP dando a vitória por escassa margem ao PSD.
Depois destas históricas derrotas o PSD ainda volta a perder Machico.
Aliàs nas primeiras eleições Autárquicas tinha perdido também o Porto Santo para o PS.
A história na RAM prova que o PSD não é invencível e que já foi derrotado no passado. Haja capacidade de entendimento entre as Oposições e forte mobilização popular.
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