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O Mundo em 2012
Num ano dominado pela crise europeia, a Grécia esteve no olho do furacão. Os mais atacados pela troika foram também os que mais lutaram, com 21 greves gerais em dois anos. Em julho, o Syriza ficou a menos de 3% de ganhar as eleições, e permanece como a alternativa de governo para o país que luta. A Grécia está no centro do balanço internacional do ano do Esquerda.net. Dossier organizado por Luis Leiria.
O líder do Syriza, Alexis Tsipras
Lembramos alguns dos principais factos do ano: A luta por uma Internet livre; o regresso de Putin à presidência na Rússia e a perseguição às Pussy Riot; a derrota de Sarkozy em França, a eleição de Morsi no Egito; a Grécia em luta contra a troika; o asilo de Julian Assange na embaixada do Equador; o PRI de volta ao poder no México; a Venezuela diante de uma incógnita; a reeleição de Obama; a ameaça de invasão de Israel a Gaza; o estatuto de observador na ONU à Palestina.
Dossier:
Dossier 196: O Mundo em 2012 Comentários (3)
Comentários
Nesta escolha do
Nesta escolha do Esquerda.net/ Luis Leiria, uma ausência esmagadora: a situação na Síria... na continuidade do silêncio ensurdecedor do Bloco sobre esta "questão". O Mundo assiste indiferente ao massacre diário da população por parte do "anti-imperialista" Bachar Assad-o sanguinário, legitimíssimo dirigente uma vez que herdou o cargo do seu pai Hafez. Estamos naturalmente preocupados e solidários com os europeus que perderam os seus empregos (portugueses, gregos, espanhóis, irlandeses), porque não deveriamos estar solidários com os 3 milhões de sírios que perderam o emprego, a casa, os bens, os mais de 500.000 que sobrevivem em campos de refugiados sem as mínimas condições nos paises vizinhos, e (pormenor insignificante) os 60.000 mortos, centenas de milhares de feridos, 200.000 presos sob tortura, 40.000 desaparecidos... E logo este esquecimento do Luis Leiria, que escreveu há tempos o único artigo equilibrado sobre a "questão" síria. A despropósito: o presidente da principal força política de oposição, o Conselho Nacional Sírio, chama-se George Sabra, é um cristão comunista...
Caro João Morais, Tem razão
Caro João Morais,
Tem razão que o balanço do ano devia ter incluído a guerra civil na Síria. Como também deveria incluir outros eventos internacionais importantes. Mas é impossível cobrir tudo e, no que diz respeito ao Médio Oriente, priorizei o Egito e a Palestina. São opções, certamente discutíveis. Só não concordo que haja um "silêncio ensurdecedor" do Esquerda.net sobre a Síria. Basta pesquisar com a palavra Síria na janelinha ali em cima. Pela minha parte, e já que menciona o meu nome, não tenho dúvidas de que a única saída para a Síria é o derrube do carniceiro Bashar Assad. Saudações.
Caro Luis Leiria, O silêncio
Caro Luis Leiria,
O silêncio ensurdecedor é do Bloco, não do Esquerda.net. Os vários artigos sobre a Síria neste portal são na maioria de origem externa, de opinião quase unitária, reflectindo uma selecção homogénea, sintetizada por José Manuel Pureza (aqui sim, o Bloco a exprimir-se!) no final do seu artigo de 3 de Agosto de 2012, ""Fazer Alguma Coisa" na Síria":
"... a inteligência obriga-nos a levar em conta dois dados essenciais. Primeiro, que as revoltas democráticas no mundo árabe foram sequestradas pelos jogos geopolíticos: na guerra síria joga-se porventura menos a democracia do que a fragilização do Irão por Israel e pela Arábia Saudita. Segundo, que a urgência de fazer alguma coisa tem décadas de resultados desastrosos, armando até aos dentes os aliados de agora que serão os patifes de amanhã."
Aqui podem ver o apelo dos patifes de amanhã: http://alencontre.org/moyenorient/syrie/lettre-ouverte-de-la-gauche-revo...
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