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Incêndios: Meteorologia avisou que aquele seria “o dia mais perigoso do ano”

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera avisou com 72 horas de antecedência que o passado domingo, 15 de Outubro, iria ser o dia mais perigoso do ano para a ocorrência de incêndios, mas alerta foi desvalorizado e a tragédia aconteceu mesmo.

Segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todos os concelhos do continente, sem excepção, estavam em risco elevado de incêndio nesse dia e mais de metade em risco muito elevado ou mesmo máximo. Nunca tinha havido sequer uma previsão tão alarmante. Contudo, perante tal previsão, não foi decretado o estado de calamidade pública com efeitos preventivos, ao contrário do que aconteceu no fim-de-semana de 19 a 20 de Agosto, quando o Governo decidiu avançar com esta medida e assim mobilizar mais meios, avança o Expresso, na edição deste sábado.  

Também a fase de alerta máximo, a fase Charlie, não foi prolongada, depois de terminar, como habitualmente, a 30 de Setembro. Em resultado disso, no passado domingo estiveram disponíveis apenas 18 meios aéreos para combater um total de 524 incêndios. A Autoridade Nacional para a Proteção Civil ainda colocou todos os distritos do país em alerta vermelho, mas o anterior reforço de meios ordenado pelo Governo (aumentando para 6400 operacionais, mais 882 do que o previsto para a fase Delta, que entrara em vigor a 1 de de outubro), não foi suficiente. A própria porta-voz da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, já reconheceu que “teria sido benéfico ter tido mais meios aéreos”.