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Celuloses atacam medidas de redução do eucalipto

Celuloses atacam medidas de redução do eucalipto

A recente aprovação, no parlamento, do novo Regime Jurídico das Ações de Arborização e Rearborização, que põe fim à liberalização do eucalipto aprovada sob o Governo anterior, preocupa muito a indústria papeleira, que já só espera a sua “reversibilidade num futuro próximo”.

As restrições à plantação de eucalipto inquietam a Associação da Indústria Papeleira - Celpa, que considera os diplomas provados “o maior atentado alguma vez realizado à floresta na história da democracia em Portugal”.

No comunicado, divulgado esta terça-feira, a Celpa rejeita que outros critérios possam nortear a legislação da floresta, para além do económico: “a reforma, tal como aprovada no Parlamento, terá um impacto profundamente negativo em toda a fileira florestal”, afirmam, alegando por exemplo, que esta “proíbe a única espécie florestal rentável num prazo de 10-20 anos” e que “é impossível obrigar ao investimento privado em quaisquer outras espécies que não tenham aproveitamento económico”.

A Celpa defende ainda, no comunicado, que os incêndios “em nada dependem das características das espécies florestais, do eucalipto ou de outras”, e que “quando a pressa e os interesses político-partidários dominam e suplantam o conhecimento técnico e científico e ignoram a opinião das entidades mais relevantes, conhecedoras e competentes na área florestal (…), defraudam-se justas expectativas, prejudicam-se milhares de proprietários e empregos e desencorajam-se investimentos futuros”.

“O erro histórico cometido contra a floresta é de tal forma grave que apenas podemos acreditar na inevitabilidade da sua reversibilidade num futuro próximo”, acrescenta.