
A noite
Um exemplo de fantástico obtido com mínimos recursos: este conto não é mais que um passeio por Paris, relato fiel das sensações que o noctívago Maupassant vivia em cada uma das suas noites. Uma sensação opressiva, de pesadelo, ocupa o quadro desde o início e torna-se cada vez mais intensa. A cidade é sempre a mesma, rua por rua e edifício por edifício, mas antes desaparecem as pessoas e, depois, as luzes; o cenário bem conhecido parece conter apenas o medo do absurdo e da
morte. Maupassant (1850-93) também tem um lugar na literatura fantástica devido a uma série de textos escritos nos anos que antecederam a sua crise de loucura, da qual não se recuperou: é das imagens quotidianas que se desprende o sentimento de terror. (Apresentação de Italo Calvino)
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