Bontsha, o silencioso

Bontsha, o silencioso

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Silencioso quando nasceu, silencioso na vida, silencioso quando morreu, mais silencioso ainda foi o seu enterro. Mas no outro mundo foi diferente. Ali a morte de Bontsha foi uma sensação. O som da trombeta messiânica ecoou pelos sete céus, anunciando: Bontsha, o Silencioso, morreu!

Isaac Leib Peretz (1852-1915 - Polónia), cujo nome original era Yitskhok Leybush Peretz, nasceu na Polônia, em 18 de maio de 1852 e foi criado num lar judeu ortodoxo.

I. L. Peretz, como ficou conhecido, cumpriu um plano de aprendizagem no campo secular, lendo livros em polaco, russo, alemão e francês. Ele planeava ir para a escola rabínica de Zhytimyr, teologicamente liberal. Acabou não indo por preocupar-se com os sentimentos da mãe. Casou-se, por arranjo, com a filha de um poeta e filósofo de importância menor.

Peretz rejeitava o universalismo cultural, vendo o mundo como composto de diferentes nações, cada uma com suas próprias características. De acordo com um comentarista “cada povo é visto por ele como um povo escolhido”, ele achava que o seu papel como escritor judaico era expressar “ideais judaicos apoiados na tradição judaica e na história judaica”. Peretz simpatizava com os movimentos de esquerda e escrevia com crítica social.

Foi aprovado no exame de advocacia, profissão que exerceu durante uma década, até ter sua licença revogada pelas autoridades russas, que suspeitavam que ele nutria sentimentos nacionalistas russos. A partir deste momento, Peretz foi viver em Varsóvia, onde o seu rendimento vinha principalmente de um emprego na pequena burocracia da comunidade judaica. Lá fundou Hazomir, que se tornou o centro cultural de Varsóvia pré Primeira Guerra Mundial

Algumas das obras mais importantes de Peretz são Oib Nit Noch Hecher (Se não mais) e o conto Oib Nit Noch Hecher (Bontsha, o silencioso).

Morreu em Varsóvia, na Polónia, em 1915.

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