Sofia Roque

Sofia Roque

Investigadora e doutoranda em Filosofia Política (CFUL), ativista, feminista. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990

No lusco-fusco da legislatura, PSD e CDS avançam no conservadorismo e aprovam leis que contrariam o espírito do referendo de 2007 e a lei da IVG que resultou de meses de discussão participada.

Até 2 de agosto, a Cordoaria Nacional será a casa de uma exposição singular e inesquecível: Génesis, de Sebastião Salgado. Dedicada aos últimos redutos naturais e humanos de um planeta ameaçado, esta exposição é composta por mais de duas centenas de fotografias, resultantes das viagens realizadas pelo reputado fotógrafo brasileiro, entre 2004 e 2012, por 32 regiões remotas e, por vezes, inóspitas. Artigo de Sofia Roque na revista Vírus.

Pode a arte despertar um desejo de (auto)preservação? Pode a experiência da emoção estética iniciar uma consciência ambiental?

No final deste primeiro mês do ano de 2015, o relatório sobre a pobreza do INE veio esclarecer que os tempos sombrios que vivemos são invernais também do ponto de vista da nossa condição humana e do espaço vazio que a política ocupa nela.

Mascarar o corte drástico no financiamento público da investigação com a subestimação e desvalorização da qualidade dos investigadores portugueses é um gesto anti-herói de baixeza moral, esvaziado de qualquer virtude.

Sí, se puede. O Estado Espanhol não regrediu 30 anos e os valores da autodeterminação e da dignidade venceram nas ruas o conservadorismo fascinado com a perseguição das mulheres.

No campo da investigação científica, a estratégia do Ministério de Nuno Crato e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) caminha num só caminho: o da ruína.

Há uns dias, o jornal britânico The Telegraph noticiava uma polémica no Twitter em torno de uma medida tomada por um condomínio de luxo em Londres: à porta do prédio, colocaram um “tapete” de picos para impedir que pessoas sem-abrigo durmam aí.

Filme de Haifaa al Mansour, a primeira realizadora mulher da Arábia Saudita, fala-nos da condição das mulheres naquele país, deixando claro que em causa está uma moral patriarcal que a todos/as obriga e, por isso, é um filme enredado na figura do proibido. Aliás, não há salas de cinema no reino saudita.

Em Portugal, há empresas que só aceitam trabalhadoras que assinem um compromisso de não engravidar nos primeiros 5/10 anos de trabalho.