Joana Mortágua

Joana Mortágua

Deputada e dirigente do Bloco de Esquerda, licenciada em relações internacionais.

Aqui fica a história, para que dela tiremos lições: à democracia só serve a justiça, nunca o justicialismo político.

O pré-acordo de Bloco Central lança uma sombra de desconfiança sobre a Avaliação Ambiental Estratégica e os seus objetivos: servir o interesse público ou legitimar o negócio da Vinci?

Ao longo da pandemia, tanto no início do ano presencial como no confinamento escolar em janeiro, o que saltou à vista foi a resiliência das escolas e a falta de preparação do Governo.

As casas reais são incompatíveis com a democracia porque estão acima dela, os únicos a quem está prometida impunidade por crimes cometidos contra o povo e cuja manutenção do privilégio justifica perseguições e censuras que nunca serão aceitáveis em regimes em que a chefia do Estado é eleita democraticamente.

A defesa do SIM no referendo do aborto ensinou-me que os direitos fundamentais não se regateiam, não se moderam, não se referendam, conquistam-se nem que seja pela força popular da democracia.

Esta seria uma oportunidade para prolongar o suspense até ao final do artigo mas sinto-me na obrigação de um spoiler alert: o Ministro das Finanças é João Leão.

Milagres? Não há. Portugal chegou a dezembro de 2020 como um dos países que menos gastos extra fez na Saúde por causa da covid-19.

A Escola Nacional de Saúde Pública publicou um estudo em que fica claro que os mais jovens são os que relatam uma maior degradação da saúde mental por causa do isolamento.

A Marisa reconhece a luta da geração mais precária de sempre, a que vive mais intensamente as conquistas do século XXI que agora estão sob fogo do ultra-conservadorismo.

Foi a gabarolice que os traiu. Se não fosse a vaidade dos caçadores nunca teríamos sabido que tipo de gente abate 540 veados, javalis e gamos que não têm para onde fugir nem por onde se esconder.