Joana Mortágua

Joana Mortágua

Deputada e dirigente do Bloco de Esquerda, licenciada em relações internacionais.

A CIG apresentou uma denúncia ao Ministério Público e instou a TVI a tomar “de imediato as necessárias diligências no sentido de pôr termo a esta situação, suscetível de configurar a prática de crime público de violência doméstica, na forma psicológica e física”.

Mas há outros países e instituições, como o Parlamento Europeu ou o Bundestag, em que uma maioria de deputados impediu a eleição de representantes da extrema-direita para cargos institucionais. Chamou-se a essa maioria “cordão sanitário”, e é importante que se entenda para que serve.

António Costa foi muito eficaz a descredibilizar a solução que lhe deu estabilidade e a cadeira de primeiro-ministro durante seis anos mesmo estando em minoria.

Num dos municípios onde a carência habitacional tem proporções de violação dos direitos humanos, o legado do executivo PS/PSD e da Presidente Inês de Medeiros não é a política de habitação mas um processo crime, pessoal, contra uma dúzia de famílias em puro desespero.

A sociedade portuguesa é herdeira de um passado colonial. E mesmo desmontado o império, construímos a democracia sem espreitar os monstros que se esconderam debaixo da cama e continuaram a cantar baixinho o seu fado tropical…

Marcelo denunciou-se. Colocou a sua militância conservadora acima da maioria representativa da vontade expressa pelos portugueses em eleições legislativas.

Há anos que sucessivos documentos do PS e do Governo prometem estudos sobre a sustentabilidade da carreira docente. É uma proposta requentada para todas as ocasiões mas completamente desacreditada por um ministro que considerava a substituição de professores como “necessidades pontuais”.

As fake news são um crime que ameaça a democracia e é com essa urgência que devem ser combatidas por todos os meios.

A violência obstétrica é uma realidade pela qual muitas mulheres passam sem sequer a identificar como uma violação dos seus direitos.

E quanto a Portugal? O “exemplo verde” apresentado pelo primeiro-ministro António Costa na COP25 desta vez faltou à chamada e juntou-se a ausências como a da China, Brasil e Rússia. Entendo que o ministro Matos Fernandes não goste, mas talvez a jovem Greta não tenha assim tão pouca razão.