As eleições gregas do passado domingo abriram uma enorme brecha no consenso austeritário que domina a Europa. Enorme, do tamanho do resultado do Syriza.
A alternativa política à esquerda emergirá de todas e todos quantos couberem numa aliança comprometida com uma oposição popular à intervenção externa, de uma ampla aliança pelo salário, o estado social e a democracia.
A inevitabilidade é um muro de Berlim que nos impede ver o horizonte e o futuro, que não nos deixa ver caminhos alternativos. Ela é a narrativa mais poderosa de um sistema económico decadente.
Ao antecipar as eleições gerais espanholas para 20 de Novembro, Zapatero antecipa o fim do seu ciclo político e muito provavelmente a saída do PSOE do governo.
Esta economia doente e envenenada é um "sistema dual": de um lado os que lucram com a doença prolongada da economia; do outro, toda uma economia, milhões de pessoas que sofrem para beneficio daqueles.
No final das contas, este é um mau acordo. O facto de ele se basear no PEC 4 não contraria esta ideia, só a confirma, e vem dar razão a quem sempre disse que os PEC’s eram o princípio da intervenção do FMI.
A actual geração de precários, a primeira condenada a viver pior do que a dos seus pais, dá hoje um passo determinado para a conquista do futuro, rebelando-se contra a violência da economia capitalista.