Ruiu mais um castelo de cartas liberal. Afinal, a Uber não era a personificação do incrível mundo das startups, do empreendorismo e da modernidade capitalista, era apenas mais uma multinacional disposta a abusar do poder, fugir à lei e enganar meio mundo para enriquecer os seus accionistas.

Construir dois aeroportos nas próximas décadas é um absurdo. Um absurdo só ultrapassado pela forma como o Governo tem gerido o dossier, em total desrespeito pelo país, pelas decisões do Parlamento e pelos compromissos climáticos dos país. Andam a brincar connosco.

O crime indignou além fronteiras porque Dom Phillips e Bruno Pereira são símbolo de duas realidades indivisíveis: a esperança e coragem de quem levanta os braços, num mundo que nos faz pensar que talvez não estejamos assim tão longe da queda do céu.

Tudo em Portugal grita a necessidade de outra estratégia económica que não conduza ao estrangulamento orçamental e ao empobrecimento. A arrogância com que a maioria absoluta do Partido Socialista ignora estes apelos certifica-lhe o caminho liberal.